Pelo menos 170 pessoas foram presas no domingo (8), acusadas de participarem dos atos de depredação do Palácio do Planalto, Congresso e STF
Terroristas invadiram e depredaram na tarde deste domingo (8) os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Até o final da noite, pelo menos 170 pessoas foram presa .Diante da situação caótica, o governador Ibaneis Rocha exonerou o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. A Advocacia-Geral da União solicitou a prisão do ex-secretário, que está nos Estados Unidos. Em pronunciamento, o presidente Lula decretou intervenção federal no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. E acusou o governador do DF, Ibaneis Rocha e o comando da Polícia Militar do DF de "ma-fé".
O objetivo da medida, conforme enfatizou o presidente Lula, é o de coibir a barbárie que os militantes promoveram nos prédios dos Três Poderes. “Decreto a intervenção federal do Distrito Federal. O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado do Distrito Federal, marcado por atos de violências e invasão de prédios públicos”, leu o presidente Lula, em coletiva realizada na cidade paulista de Araraquara (SP). “Vândalos serão encontrados e presos”, enfatizou.
O presidente Lula também nomeou como interventor do Distrito Federal da área de segurança do DF, até o dia 31 de janeiro, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, que é jornalista e especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Capelli também atuou como secretário nacional de Esporte Educacional e de Incentivo ao Esporte nos governos Lula e Dilma Rousseff. Foi secretário de Comunicação do Maranhão do ex-governador Flávio Dino, o atual ministro da Justiça.
Em entrevista coletiva no final da noite, o ministro da Justiça classificou os atos de depredação na Praça dos Três Poderes, como "terroristas". Ele disse também que houve ate agora "interferência ideológica" no comando das instituições ligadas à segurança pública. Segundo criticou, aquela postura possibilitou que os atos "golpistas" acontecessem neste domingo, quando já se sabia que havia o deslocamento organizado de militantes contrários ao governo Lula, em direção a Brasília. Ele anunciou que a investigação que será feita nos próximos dias será no sentido de identificar e prender as pessoas que facilitaram ou financiaram a manifestação violenta em Brasília. Ele anunciou ainda que os acampamentos de militantes nas imediações dos quarteis militares deverão ser removidos, nas próximas horas.
Durante os atos de depredação nos prédios sedes dos três poderes da república, móveis foram arrastados e quebrados, vidrarias trincadas e, em alguns pontos, houve focos de incêndios, com fogos ateados. Manifestantes também invadiram o plenário do Senado, onde pelo menos 30 pessoas foram presas.
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