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sábado, 29 de julho de 2023

Déficit público brasileiro cresce 129,7% no primeiro semestre de 2023



O Brasil acumulou no primeiro semestre deste ano um déficit nominal nas suas contas públicas de 357,7 bilhões de reais, valor 129,7% superior ao mesmo período de 2022.


Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central, o déficit equivale a 6,89% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.


O órgão emissor indicou que o aumento dos gastos do Governo brasileiro fez com que o saldo negativo da diferença entre receitas e as despesas do Estado passasse de 3,25% do PIB no primeiro semestre de 2022 para 6,89% nos primeiros seis meses deste ano.


O aumento do saldo negativo foi causado pela decisão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apoiado pelo Congresso, de aumentar significativamente os gastos públicos no seu primeiro ano de mandato para aumentar o salário mínimo, melhorar o subsídio aos mais pobres e aumentar os orçamentos da saúde e educação.


No acumulado dos últimos 12 meses até junho, o déficit fiscal no Brasil aumentou para 662,3 bilhões de reais, valor 43,9% superior ao de todo o ano de 2022.


Segundo o Branco Central, o saldo negativo das contas públicas passou do equivalente a 4,64% do PIB em 2022 para o equivalente a 6,42% nos últimos 12 meses até junho.


Apesar da subida acentuado, o déficit fiscal ainda está longe do equivalente a 15,03% do PIB em que se situava em 2022 em decorrência da crise provocada pela pandemia de covid-19, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro teve que aumentar seus gastos com saúde e a queda da atividade econômica reduziu as receitas fiscais.


Em relação ao resultado primário, que não inclui o que é destinado ao pagamento de juros e que o Governo usa como referência para a saúde das suas contas, o Brasil acumulou um déficit primário de 24,3 bilhões de reais, face ao excedente de 39 bilhões de reais entre julho de 2021 e junho de 2022.


O déficit primário nos primeiros seis meses de 2023 foi de 20,4 bilhões de reais, o pior resultado para o período desde 2020.


O órgão emissor também informou que a dívida pública bruta do Brasil em junho somou 7,6 trilhões de reais , o equivalente a 73,6% do PIB, inalterada em relação a maio, mas superior a dezembro do ano passado, quando equivalia a 72,9% do PIB.

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