Famílias de renda muito baixa registraram deflação de -0,28%
A inflação do mês de julho revelou diferentes resultados entre as classes de renda.
As famílias de renda alta apresentaram alta inflacionária de 0,50% e o segmento de renda muito baixa registrou deflação de -0,28%.
Ao lado das famílias de renda muito baixa, as famílias de renda baixa registraram deflação de 0,14% e foram os dois únicos grupos a registrar queda de preços.
Entre famílias de renda média-baixa e famílias de renda alta, a taxa de inflação subiu progressivamente, entre 0,02% a 0,50%.
Por grupos, os dados apontam que os principais alívios inflacionários no mês de julho vieram das deflações dos grupos “alimentos e bebidas” e “habitação”.
Para o primeiro grupo, principalmente para as famílias de renda mais baixa, uma queda expressiva dos preços dos alimentos no domicílio os favoreceu.
As principais quedas de preços registradas foram: cereais (-2,2%), carnes (-2,1%), aves e ovos (-1,9%) e leites e derivados (-0,89%).
Já em relação ao grupo “habitação”, os segmentos de menor poder aquisitivo também foram os que mais se beneficiaram pelo recuo de 3,7% das tarifas de energia elétrica.
Por outro lado, o reajuste de 4,8% do preço da gasolina foi o principal ponto de pressão inflacionária sobre o grupo “transportes”, que exerceu a maior contribuição positiva para a inflação, em julho, em todas as classes de renda pesquisadas.
Para o caso de famílias de renda mais alta, além de maior preço da gasolina estão as altas das passagens aéreas e do aluguel de veículos. Para este grupo, as altas de transportes superaram as quedas do setor de habitação.
Para as faixas de renda mais alta, as altas dos planos de saúde e dos serviços de recreação também favorecem a pressão inflacionária.
Os dados acumulados em doze meses revelam que todas as classes de renda registraram aceleração em suas curvas de preços.
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