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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Início da Colheita do Algodão Agroecológico no Rio Grande do Norte é marcada pela previsão de alta produtividade



A safra de 2023 do Projeto Algodão Agroecológico Potiguar está entrando na fase de colheita, com agricultores e agricultoras familiares de diversos municípios do Rio Grande do Norte já realizando essa etapa fundamental do ciclo agrícola. Sob a supervisão dos extensionistas rurais da Emater-RN (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte), a colheita está em pleno andamento, com expectativa de alcançar uma produtividade significativa de cerca de 600 quilos por hectare nos consórcios agroalimentares.


Coordenado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf-RN) e Emater-RN, o Projeto Algodão Agroecológico Potiguar é um empreendimento que envolve diversos parceiros importantes, incluindo a Embrapa Algodão, prefeituras, Instituto Riachuelo, Sebrae, Diaconia, Acopasa, Vert, Unicafes, Instituto Casaca de Couro, Norfil, FAO, Rede Xique-Xique e Justa Trama. Todas as produções já estão contratualmente destinadas à indústria têxtil.


Os agricultores e extensionistas estão focados na colheita do algodão agroecológico, uma empreitada que se inicia nos municípios que tiveram o plantio antecipado. Adriana Américo, engenheira agrônoma da Emater-RN, salienta a importância das visitas técnicas de monitoramento realizadas em diferentes localidades para otimizar a eficiência da colheita.


Uma das variedades cultivadas nesta safra é a BRS 416, conhecida por ter um ciclo médio de até 160 dias após o início do plantio e uma produtividade média de 400 a 600 quilos de algodão em caroço por hectare. Esses números podem aumentar para aproximadamente uma tonelada por hectare, dependendo das condições de solo, padrões de chuvas e práticas de manejo. O plantio inicial teve como objetivo viabilizar a utilização de 1304,50 hectares para o cultivo de algodão agroecológico em consórcio com culturas alimentares, como milho posto rico, feijão pingo de ouro e costela de vaca, fava branca e sorgo, em 111 municípios do Rio Grande do Norte.


Durante essa semana, as visitas técnicas de monitoramento ocorreram em cidades como São José do Campestre, Monte das Gameleiras e Tangará, todas com previsões otimistas de produção. O cronograma de colheita varia de acordo com as características das chuvas em diferentes territórios, pois algumas áreas recebem precipitações mais cedo do que outras, conforme explicado por Adriana Américo.


A Emater-RN recomenda a colheita das “maçãs” de algodão quando estiverem completamente abertas, em dias ensolarados e com baixa umidade. É importante evitar deixar resíduos dos capulhos nas ramas durante a coleta. As instruções incluem a realização da colheita diretamente em sacos de algodão e a garantia de que o material coletado esteja livre de impurezas. O armazenamento deve ocorrer em locais limpos, secos, arejados e protegidos contra umidade e entrada de animais.


Do total de famílias envolvidas no Projeto Algodão Agroecológico Potiguar, 85% recebem assistência técnica da Emater-RN. Produtores, extensionistas rurais e profissionais de organizações não governamentais, contratados pela Sedraf-RN, participam de um curso modular oferecido pela Embrapa Algodão. O programa abrange tópicos como planejamento e organização dos consórcios agroecológicos, orientações sobre o cultivo do algodão, técnicas de manejo e controle de pragas e doenças, além de oferecer um espaço para compartilhar experiências relacionadas à produção familiar e discutir questões de gênero e geração. O último módulo do curso está previsto para ocorrer em 11 de agosto, no município de Riachuelo.


Redação com Assessoria

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