Muita gente não sabe, mas pode estar com artrose, diz Sociedade Brasileira de Reumatologia - Blog A CRÍTICA

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." (Millôr Fernandes)

Últimas

Post Top Ad

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Muita gente não sabe, mas pode estar com artrose, diz Sociedade Brasileira de Reumatologia

Falta de dados estatísticos de artrose pode indicar número maior da doença no Brasil. A informação é da Sociedade Brasileira de Reumatologia.



Muita gente não sabe, mas pode estar com artrose. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Marco Antônio Araújo da Rocha Loures, não existem dados estatísticos precisos porque muitas pessoas que sentem alguns sintomas acabam se medicando por conta própria e não procuram atendimento.


“Ela tem uma leve dor, vai tomando remédio, mas não procura especialistas e acaba não entrando nas estatísticas”, pontua.


No conjunto das doenças agrupadas sob a referência de reumatismos, a osteoartrite é a mais freqüente, representando cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia, aponta a Sociedade Brasileira da especialidade.


Também conhecida como osteoartrose, artrose ou doença articular degenerativa, ela tem a natureza inflamatória causada pelo desgaste da cartilagem, o que provoca aumento da fricção entre os ossos e leva à inflamação local, dor e até mesmo a incapacidade funcional. 


“É uma degeneração ou perda da cartilagem que é uma substância que fica entre as articulações e faz com que essas articulações se movimentem”, explica Loures, que ainda acrescenta: “Quando você tem uma perda excessiva dessa cartilagem, ela leva a artrose ou osteoartrite como nós tecnicamente chamamos”.


Pouco comum antes dos 40 anos, a artrose é mais freqüente após os 60. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, aos 75 anos, 85% das pessoas têm evidência radiológica ou clínica da doença, mas somente 30 a 50% dos indivíduos com alterações observadas nas radiografias queixam-se de dor crônica.


Os sintomas mais comuns incluem dor e inchaço nas juntas, que podem começar pelas pequenas articulações das mãos e pés. Ao longo do tempo, também podem comprometer as articulações maiores, de joelhos, quadris e tornozelos. 


Causas


O ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa, Luiz Felipe Carvalho, diz que a genética familiar é a principal causa da artrose, mas ainda cita outros fatores. “Altos impactos nas articulações, joelhos, tornozelos, quadril e coluna, alimentação inflamatória, por exemplo, e ingestão de glúten, açúcares e laticínios podem levar a pessoa a uma artrose, inclusive precoce”, revela.


Para o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, ao saber de casos de artrose na família, a pessoa deve logo procurar atendimento médico como prevenção.


“Quando começar a sentir alguma dor, algum sintoma, procurar um tratamento para fazer a prevenção. A prevenção é muito importante”, ressalta.


Marco Antônio Araújo da Rocha Loures ainda acrescenta: “O grande problema é que quando ela está muito avançada, a pessoa fica com dificuldade de se levantar, de andar, ela pode cair, pode sofrer fraturas e até traumatismo”, informa.


Tratamento


De acordo com o médico ortopedista, a artrose é dividida em vários graus, contudo, o tratamento tem melhor resultado na fase inicial. “Numa fase inicial, a gente consegue melhorar a articulação, usar o gelo para diminuir o grau inflamatório, melhorar a musculatura, distribuir melhor a força nos outros elementos como, por exemplo, o osso, ligamento, músculo, tendão, quando a cartilagem propriamente não está conseguindo fazer o seu trabalho habitual”, enfatiza.


Segundo Luis Felipe Carvalho, atualmente, existem acompanhamentos específicos para cada estágio da doença. “Hoje existe o tratamento principal de suplementação na fase inicial, tratamento com célula tronco numa fase mediana para recuperação articular, diminuição do grau inflamatório, e numa fase mais avançada da doença a gente tem o advento de usar as próteses”, conta.


O especialista observa que existe ainda uma preocupação com o fator racial. “Pele branca e olho claro tem mais risco de ter artrose por causa do colágeno. A pele da pessoa que é mais branca ela pode enrugar mais cedo por causa do colágeno, então isso também ocorre na articulação onde acaba sendo mais comum casos de artrose na pessoa branca e de olho claro”, aponta.


Na opinião dos especialistas, buscar atendimento logo no início é o primeiro passo para lidar com o problema. Ao realizar um tratamento da artrose bem direcionado, os médicos afirmam que é possível alcançar melhoras significativas na vida do paciente, promovendo melhor qualidade de vida, alívio da dor, entre outros benefícios.



Fonte: Brasil 61

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Bottom Ad

Pages