No sertão do Araripe, em Pernambuco, um projeto inovador está ressuscitando a cultura do algodão, trazendo esperança para pequenos agricultores. Na década de 80, o besouro bicudo devastou as plantações de algodão na região, forçando os agricultores a abandonar o cultivo. Hoje, o projeto liderado pela ONG Diaconia está trazendo uma nova abordagem, promovendo o plantio conjunto de espécies diversas, sem o uso de agrotóxicos. Além disso, escolhemos uma nova variedade de algodão para o cultivo, criando um intervalo anual de 90 dias entre os plantios, o que dificulta a vida do bicudo.
O projeto está programado para apoiar os agricultores até 2027, capacitando-os para continuar a produção de algodão de forma independente e em consórcio com outras culturas. Na safra de 2022, os agricultores cultivaram 990 hectares com algodão, ocupando 50% da área dentro do escopo do projeto. Financiado por institutos e empresas privadas, o projeto oferece cursos para ajudar os agricultores a lidar com pragas e doenças usando métodos naturais.
O cultivo de algodão não apenas gera renda para os agricultores, mas os produtos colhidos são transformados em diversos produtos, incluindo tahine, gergelim granulado, óleo e pasta de amendoim, com certificação orgânica. O algodão tem o potencial de aumentar ainda mais a renda dos agricultores e promover práticas sustentáveis no Nordeste do Brasil.
Repórter Ceará
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