A dívida bruta do setor público brasileiro, que engloba o Governo Central, governos estaduais e municipais e a previdência social, atingiu 73,8% do Produto Interno Bruto (PIB), informou hoje o Banco Central.
Segundo o órgão emissor, o setor público consolidado registou um déficit primário (saldo entre receitas e despesas, mas que exclui o pagamento dos juros da dívida) de 37,3 bilhões de reais em novembro, face ao resultado deficitário de 20,1 bilhões de reais em novembro de 2022.
No mesmo mês, ocorreram déficits de 38,9 bilhões de reais no Governo Central e de 343 milhões de reais nas empresas estatais, excedente primário de 2 bilhões de reais nos governos regionais.
Nos 12 meses até novembro, o setor público brasileiro consolidado foi deficitário em 131,4 bilhões de reais, montante equivalente a 1,22% do PIB ou 0,15 ponto percentual do PIB superior ao déficit acumulado nos 12 meses encerrados em outubro).
O resultado nominal do setor público brasileiro, que inclui o pagamento dos juros da dívida, ascendeu em números absolutos a 844,8 bilhões de reais nos últimos 12 terminados em novembro.
Só no mês de novembro, o desequilíbrio entre receitas e despesas públicas atingiu 80,9 bilhões de reais, 15% a mais face ao mesmo período de 2022 e 71,4% superior ao registado em outubro passado.
O déficit fiscal conheceu uma curva ascendente ao longo de 2023, coincidindo com o primeiro ano do Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passando dos 5,90% do PIB reportados em abril para os atuais 7,82%, em termos interanuais.
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