Você já teve ou conhece alguém que já teve lesões no pênis ou na vagina e ficou receio de ser herpes? Você já ouviu falar em herpes genital? Nesse episódio a Dra. Helena Rangel dará mais detalhes sobre o assunto
O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível que pode ser causada por dois tipos de vírus: herpes simplex do tipo 2, o mais comum na região genital, e herpes simplex do tipo 1, principal causador da herpes labial.
Na primeira infecção, algumas semanas após o contato sexual, podem surgir pequenos grupos de bolhas bem pequenas na região genital. Na mulher, elas podem aparecer na vulva, vagina, nádegas e coxas e no homem aparecem no pênis, escroto, ânus e nádegas. Depois de algum tempo, essas bolhas se tornam úlceras/feridas dolorosas. Após o primeiro contato também podemos ter ínguas (linfonodos aumentados), febre, dor nas articulações e sensação de mal-estar, como quando estamos gripados. Geralmente as lesões que aparecem criam crostas e os sintomas melhoram em 2-3 semanas. Em alguns casos a pessoa pode sentir dor para urinar ou até para evacuar, dependendo de onde estão localizadas as bolhas.
Mas lembre-se: algumas pessoas têm poucos sintomas e não percebem as feridas e outras não sentem nada mesmo na primeira infecção.
Depois dessa infecção inicial, o vírus viaja por um ramo nervoso e fica em estado latente ou silencioso na base da coluna vertebral, onde fica por um certo tempo, que pode durar meses ou anos. Nesse período, não sentimos absolutamente nada.
Isso é importante porque você pode ter se infectado com um determinado parceiro ou parceira e só manifestar a presença da doença anos depois quando a pessoa já está em outro relacionamento por exemplo. Falo isso porque isso é motivo que gera bastante confusão, angustia e insegurança na relação. Então que fique claro: se você tem herpes genital hoje você pode ter pego recentemente, mas pode ter pego há muitos anos e até agora não ter nenhum sintoma.
Muitas pessoas podem ter um segundo episódio, que tende a ser menos intenso e doloroso em relação ao primeiro, mas seguem o mesmo padrão de vermelhidão – surgimento de vesículas que são as pequenas bolinhas e que se unem e formam bolhas e depois estouram e formam as casquinhas que chamamos de crostas.
Você pode pegar herpes genital fazendo sexo vaginal, anal ou oral com alguém que tem a doença.
Se você não tiver herpes, você pode ser infectado se o vírus entrar em contato:
- Com uma ferida ou uma bolha herpética;
- Com a saliva, se seu parceiro tem uma infecção oral por herpes, ou com secreções genitais, se seu parceiro tiver uma infecção por herpes genital; isso significa que ele não precisa estar com lesão visível ou nem saber que está infectado e transmitir.
- Com a pele ao redor da boca, se seu parceiro tiver uma infecção por herpes oral, ou com a pele na área genital, se seu parceiro tiver uma infecção por herpes genital.
É importante lembrar que se você espremer ou tocar na secreção das bolhas/ feridas e depois tocar em alguma outra região do corpo, você pode espalhar o herpes para essa outra região, como por exemplo os olhos. Portanto, sempre lave as mãos após tocar nas lesões para evitar que a infecção seja espalhada.
O diagnóstico é clínico. A partir da sua história e do exame físico, um profissional bem treinado consegue assegurar o diagnóstico. Existem alguns exames que por vezes são solicitados, principalmente as sorologias, que são obtidas pelo sangue e só mostram que a pessoa teve contato com o vírus. Mas esses testes podem mais confundir do que ajudar, principalmente se são realizados em indivíduos sem sintomas. Herpes genital não tem cura. O tratamento é a base de anti- virais, geralmente o recomendado é o comprimido e tem como objetivo reduzir o risco de ter novas lesões de herpes e de encurtar o período de manifestação.
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