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Foto: Francisco Proner para « LE MONDE » |
Desta vez foi o jornal Le Monde, da França, que trouxe à tona esta semana uma investigação sobre os parques eólicos no Rio Grande do Norte. Esta não é a primeira vez que o assunto ganha destaque internacional, visto que há pouco tempo a Agência Alemã Deutsche Welle também abordou o tema.
O Rio Grande do Norte abriga metade dos parques eólicos do Brasil, e o rápido desenvolvimento desses projetos está levantando preocupações sérias, conforme revelado pela investigação conduzida pelo Le Monde em parceria com o veículo brasileiro Repórter Brasil. A falta de uma regulamentação adequada está resultando em uma série de danos ambientais e sociais, envolvendo até mesmo empresas e investidores franceses.
Uma das matérias publicadas no Jornal Francês destaca a história de Paulo Roberto, um agricultor potiguar, que ilustra os impactos devastadores que esses parques podem ter sobre as comunidades. Antes tranquilo em sua modesta casa, a instalação de um parque eólico nas proximidades em 2015 transformou sua vida. O constante zumbido das turbinas, a poucos metros de sua residência, o privou de sono e o deixou à beira da loucura. A paz que ele uma vez conheceu deu lugar a uma cacofonia incessante, interrompida apenas pelo som assustador de uma explosão quando os ventos se tornam muito fortes, destaca a reportagem.
Esses relatos não são isolados. Comunidades inteiras estão enfrentando os efeitos nocivos do desenvolvimento desenfreado dos parques eólicos. Além dos problemas de saúde e bem-estar, há também preocupações ambientais, com turbinas eólicas instaladas em áreas sensíveis, ameaçando ecossistemas locais e a biodiversidade.
A repercussão internacional dessas investigações destaca a importância de uma abordagem mais cuidadosa e sustentável para o desenvolvimento de energias renováveis. É fundamental que as autoridades locais e as empresas envolvidas adotem medidas rigorosas para mitigar os impactos negativos e garantir que o crescimento econômico não ocorra à custa do meio ambiente e do bem-estar das comunidades locais.
Confira a matéria em francês AQUI
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