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terça-feira, 30 de abril de 2024

9 em cada 10 brasileiros acreditam que homens e mulheres são igualmente responsáveis pela criação dos filhos

Segundo dados do Instituto Locomotiva e QuestionPro, 67% concordam que o tempo de licença parental deveria ser o mesmo para os gêneros



Levantamento inédito do Instituto Locomotiva e Question Pro revela que nove em cada 10 brasileiros acreditam que homens e mulheres são igualmente responsáveis pela criação dos filhos, e 67% concordam que o tempo de licença parental deveria ser o mesmo para os gêneros.

O assunto foi tema de debate no final de 2023 no Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a omissão legislativa sobre a regulamentação do direito à licença-paternidade e fixou prazo de 18 meses para que o Congresso Nacional edite lei nesse sentido. Após o prazo, caso a omissão persista, caberá ao Supremo definir o período da licença.

A pesquisa também aponta que 87% dos brasileiros concordam que pessoas mais velhas tem menos oportunidade de trabalho, confirmando que o etarismo é um preconceito que afeta negativamente a vida de alguns. A pesquisa ainda traz outro dado que mostra como as mulheres precisam superar desafios para conseguirem se colocar no mercado de trabalho. Para 75%, elas também têm menos oportunidades quando comparadas aos homens, situação que se agrava quando têm filhos. De acordo com os dados, 88% acreditam que as mulheres enfrentam mais desafios nesse sentido.

A prática discriminatória no mercado de trabalho também foi avaliada. Apesar de a legislação trabalhista proibir toda ação de discriminação em qualquer fase do contrato de trabalho, isso continua sendo uma realidade já que 55,6 milhões de pessoas afirmam já terem sofrido assédio ou discriminação no ambiente de trabalho. Mulheres (40%), negros (40%) e pessoas não héteros (43%) são os que mais declaram terem sofrido situações de preconceito, discriminação ou assédio, se comparado aos homens (33%), pessoas brancas (33%) e héteros (35%).

“A pesquisa mostra que os grupos minorizados ainda vivem situação de preconceito e uma série de dificuldades no mercado de trabalho causadas pelo seu gênero, condição física, idade ou orientação sexual. Por isso é fundamental implementar treinamentos e medidas internas que orientem as equipes e lideranças a lidarem com este cenário”, diz Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Para Rachel Rua, diretora da iO Diversidade, as empresas devem refletir e adotar políticas que garantam um ambiente saudável para todos os funcionários. “É preciso oferecer capacitação para todos os colaboradores e desenvolver políticas que acolham os grupos minorizados. Sem isso, dificilmente um ambiente de trabalho será respeitoso e equânime”, explica. A pesquisa quantitativa possui uma amostra de 1.500 entrevistas, realizadas de 15 a 22 de abril, no país inteiro.

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