Foto: Pedro França/Agência Senado
Um Relatório da FGV Direito Rio aponta que o Google aprovou, via GoogleAds, a veiculação no YouTube de diferentes anúncios em desacordo com as políticas de desinformação eleitoral e discurso de ódio da própria plataforma. A coordenadora responsável pela elaboração do material, Yasmin Curzi, avalia que os resultados demostram a necessidade da empresa de melhorar sua detecção automatizada, a fim de identificar determinadas palavras-chaves para que seja ativada a revisão humana dos anúncios.
“O relatório aponta que o Google precisa melhorar sua moderação para combater desinformação e discurso de ódio. Todos os conteúdos com discurso de ódio (explícito e implícito) foram aprovados. Os de desinformação que foram aprovados com restrição, com pequenos ajustes na escrita, a partir de “algospeak”, também foram aprovados em uma submissão posterior. Dessa forma, o estudo indica que a empresa precisa urgentemente melhorar sua detecção automatizada para identificar palavras-chave relacionadas aos temas do estudo. Ao identificá-las, deve-se iniciar a revisão humana dos anúncios para garantir eficiência e precisão. Diversos estudos apontam, em relação ao sistema de detecção que a empresa tem se concentrado mais na moderação de conteúdos que possam infringir direitos autorais, via ContentID, do que no combate ao discurso de ódio e desinformação, que precisariam ser tratados com a mesma seriedade, explica Yasmin Curzi, professora da FGV Direito Rio e pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS-FGV) da instituição.
*O estudo faz parte do projeto Mídia e Democracia, da FGV ECMI (Escola de Comunicação, Mídia e Informação) : Link
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