Modelo de investimento concentra um conjunto mais amplo de critérios ESG para determinar o valor do investimento
Em um mundo onde a preocupação com a sustentabilidade se torna cada vez mais urgente, as finanças regenerativas (conhecidas como ReFi) emergem como uma poderosa ferramenta para impulsionar um futuro mais sustentável. Este modelo de investimento, baseado em um ambiente financeiro descentralizado e com base na blockchain, permite transações financeiras confiáveis sem intermediários.
Para Luis Quintanilha, CEO e cofundador da Kanna, startup que une o mercado da blockchain com o cânhamo (planta da família da cannabis), uma das principais vantagens do ReFi, é o poder de solução de falhas de mercado que acontecem quando o mercado livre não aloca recursos de forma eficiente devido à falta de informações ou estruturas de incentivo. “O mercado atual, por exemplo, não leva em conta os aspectos negativos das emissões de carbono e a destinação ineficiente de recursos, o que faz com que a humanidade tente recuperar o atraso diante da crise ambiental iminente”, comenta.
No centro das finanças regenerativas estão os investimentos em projetos que promovem a recuperação de ecossistemas degradados, a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e a implementação de tecnologias limpas. Como é o caso da Kanna Coin, startup que une a tecnologia blockchain ao cânhamo para impulsionar a sustentabilidade e auxilia produtores de Cannabis a darem visibilidade na sua operação.
“Os produtores de cannabis utilizam as soluções oferecidas pelo token KNN para dar maior visibilidade às suas operações, além de avaliar os efeitos ambientais e sociais de seus cultivos. Ao mesmo tempo, os detentores do token se tornam parte ativa de uma comunidade em evolução constante, contribuindo para um ecossistema mais sustentável”, afirma Luis.
Além da modalidade utilizada pela Kanna, os tokens de impacto foram criados para representar o impacto positivo gerado por um projeto, permitindo que os investidores avaliem e rastreiem o impacto das suas contribuições e também promovam a transparência nas iniciativas de ReFi. Os projetos que utilizam esse recurso costumam utilizar tokens não-fungíveis, os chamados NFTs. As finanças regenerativas se destacam por possuir uma ampla gama de aplicações. Conheça algumas:
Tokenização de Créditos de Carbono
As compensações de carbono – a ponta do iceberg da ReFi – já representam um mercado de bilhões de dólares. A projeção da consultoria McKinsey é de que este mercado alcance US$ 50 bilhões em 2030. Os créditos de carbono são certificados que comprovam que a atividade de uma empresa ou um projeto de conservação ambiental evitou a emissão de 1 tonelada de dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), em determinado ano. Esses créditos são gerados por projetos focados no cultivo e preservação de áreas florestais ou desenvolvimento de energia renovável, como solar ou eólica, por exemplo.
Empréstimos descentralizados (DeFi Loans)
Plataformas que permitem aos usuários conceder e solicitar empréstimos diretamente entre si, sem a necessidade de intermediários tradicionais, como os bancos. Esta modalidade possibilita acesso a recursos financeiros de forma mais rápida, inclusiva e transparente. Além de permitir que pequenos agricultores, mantenham suas atividades sem depender exclusivamente das instituições financeiras.
Tokens de impacto
Tokens criados para representar o impacto positivo gerado por um projeto. Eles permitem que os investidores avaliem e rastreiem o impacto das suas contribuições e também promovam a transparência nas iniciativas de ReFi. Os projetos que utilizam esse recurso costumam utilizar tokens não-fungíveis (NFTs).
Mercados de financiamento (Funding Markets)
Mercados que conectam investidores a projetos ou empreendimentos com fins sociais e ambientais. Por meio desses mercados, o investidor pode financiar iniciativas alinhadas com os seus valores e objetivos, contribuindo para a regeneração econômica e social.



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