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terça-feira, 30 de abril de 2024

Mais da metade da população sente alto nível de estresse com as suas finanças, diz pesquisa da ANBIMA

Perda das atuais fontes de renda e despesas são as principais causas de preocupações relacionadas ao dinheiro. Impactos na saúde mental afetam mais a classe D/E

 


Mais da metade da população declara sentir alto estresse financeiro, segundo a 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) realizada com o Datafolha. Perguntadas sobre o quanto as preocupações com despesas, falta de dinheiro e não pagar as contas em dia são motivos de estresse, 52% das pessoas deram notas entre 8 e 10, os maiores níveis da escala. Os impactos são ainda mais relevantes na classe D/E, com 62% (classe C tem representatividade de 53% e classe A de 40%). Já entre as pessoas que investem dinheiro em produtos financeiros, o percentual é um pouco menor, de 45%.



Incorporado à pesquisa nesta edição, o diagnóstico da ANBIMA sobre o estresse financeiro de brasileiros e brasileiras foi apurado pela primeira vez, também com o apoio do Datafolha, em maio de 2023. Na ocasião, o percentual de pessoas com alto nível de estresse por conta das próprias finanças foi de 43%.


O estudo mostra que 34% da população teve gastos maiores do que a renda em 2023 (na pesquisa de maio, o resultado foi similar, com 33%). O percentual é mais acentuado entre as pessoas que declararam alto nível de estresse financeiro: 45% delas afirmaram ter gastado mais do que o dinheiro recebido no ano.



Perder as fontes de renda e despesas são os principais fatores que levam ao estresse

Cerca de seis em cada 10 brasileiros (56%) apontam o medo de perder as atuais fontes de renda como forte motivo de estresse financeiro. Entre investidores, a porcentagem é levemente mais baixa (49%). As despesas são outro fator de preocupação, citado por 52% dos entrevistados.

 

“Parte das dificuldades enfrentadas pelas pessoas é explicada por fatores sociais e econômicos, principalmente ligados à baixa renda e à vulnerabilidade social que são realidade para uma parcela grande da população. Mas a dificuldade de lidar com as decisões financeiras e o estresse que ela causa acabam afetando todas as classes sociais. Então, ampliar o acesso a informação e a programas de educação financeira é essencial para ajudar as pessoas a estarem mais preparadas e conscientes na hora de tomar decisões que impactam suas vidas financeiras”, diz Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da ANBIMA.





Saúde mental versus controle das finanças

 

Apesar do alto nível de estresse, 85% dos brasileiros e brasileiras afirmam ter cuidado com as finanças e 74% dizem não gastar dinheiro com coisas supérfluas. Ainda assim, muitos possuem contas em atraso (62%) e se preocupam com a possibilidade de depender de amigos e familiares (57%) para manter as contas em dia. Na classe D/E, os impactos das finanças na saúde mental são maiores: 61% das pessoas desse estrato afirmam se sentir constantemente cobradas e sob pressão por seus gastos, 54% dizem não conseguir dormir de modo adequado com preocupações financeiras e 44% afirmam ter discórdias em casa por problemas financeiros





Sobre o Raio X do Investidor Brasileiro


Esta é a sétima edição da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela ANBIMA em parceria com o Datafolha. As entrevistas aconteceram entre 06 a 24 de novembro de 2023, com abordagem pessoal e aplicação de questionário estruturado em tablet com 20 minutos de duração média, com 5.814 pessoas das classes A/B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de um ponto percentual, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. Essa iniciativa integra a agenda de educação do ANBIMA em Ação, conjunto de prioridades elencadas para o biênio 2023/2024.


Sobre a ANBIMA


A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autoregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.



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