Depois de muitos anos sem sintonizar a até então insuportável TV Diário de Fortaleza com seus programas de apresentações das malditas bandas de forró inventadas em Fortaleza na década de 1990 agora vejo com surpresa que não há mais na emissora nenhum programa do tipo.
Pelo contrário, a emissora tornou-se agradável, sem qualquer faceta de regionalismo de sofrimento ou tentativas de perpetuar o "Nordeste" com chapéu de cangaceiro. A emissora transmite dos estúdios da FM Verdes Mares jornalísticos e programas de entrevista, também apresenta filmes antigos de boa qualidade, na parte musical aos sábados à noite exibe música de qualidade superior, geralmente, um forró bem cantado.
Fortaleza deu a suprema contribuição para destruir a música nordestina depois da geração de Fagner, Belchior e Zé Ramalho ter dado ao Brasil uma música forte, tendo os dois primeiros imortalizado poemas, de Olavo Bilac a Florbela Espanca, enquanto o último soube unir a cantoria com Bob Dylan criando algo novo, global e local ao mesmo tempo.
Então vieram as pragas das bandas de forró com seus desgraçados vocalistas dos infernos mandando alôs e cantando letras de músicas que ninguém entende o que falam e suas "cantorazinhas" dançando sem parar como se tivessem sido atacadas por marimbondos, vendendo shows aos prefeitos para as pessoas dançaram mas sem canções de se ouvir e de se haver algum significado.
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