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| Senador participa de assinatura de ordem de serviço ao lado de aliados em Caicó - Foto PMC |
Mais um astro da nova política que sucumbe ao normal da política brasileira, o Senador Styvenson Valentin, fenômeno na internet pela severidade na aplicação da lei seca e que foi eleito como o senador mais votado em 2018, deixando para trás um político profissional e da velha Guarda, Garibaldi Alves, anda a articular liberação de emendas, sempre participando de eventos políticos ao lado de aliados.
As emendas parlamentares no Brasil são resquícios do coronelismo e uma faceta patrimonialista de apropriação particular do orçamento público. Quem tem a capacidade de distribuir emendas assume-se como a realizador de um determinada obra que na verdade fora custeada por dinheiro público mas é como se fosse do político com mandato.
Desde 2013 o volume de emendas vem aumentando no Brasil quando surgiu o chamado orçamento impositivo, tornando obrigatória a liberação de parte das emendas, antes jogo de barganha do executivo com o Congresso o sistema evoluiu durante o governo Temer e, a partir do governo Bolsonaro, com o sistema criminoso do orçamento secreto se tornou numa espécie de mensalão sofisticado e institucional, que recebeu continuidade do Governo Lula 3 e, funciona como forma de compra de apoio no Congresso.
As emendas são resquícios do velho coronelismo político porque se insere no sistema de troca de favores descrito por Victor Nunes Leal no clássico Coronelismo, Enxada e Voto em que toda obra pública depende da boa vontade do chefe político e em que existe um mecanismo de ajuda mútua, o prefeito é apoiado pelo deputado ou senador e recebe a emenda para sua cidade e ambos se auxiliam nas suas eleições. O sistema começa com o vereador e termina com o Presidente.
O Senador Styvvenson tem participado de eventos como assinaturas de ordem de serviço e também de inaugurações de obras públicas onde faz questão de afirmar que a obra é fruto de emenda "sua", fazendo assim a patrimonialista apropriação privada de nacos do orçamento público como forma de vantagem eleitoral. É a velha política das circunstâncias de um país subdesenvolvido e de analfabetos. Se não fizer não sobrevive.



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