Aos 102 anos Edgar Morin publicou um romance de inspiração autobiográfica escrito aos 25 anos e que retomou para finalmente ser lido pelo grande público.
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"L'année a perdu son printemps" ("O ano perdeu a primavera") foi escrito em 1946, quando o autor tinha apenas 25 anos, a obra oferece um mergulho nas memórias e reflexões de sua juventude, em um contexto marcado pelo pós-guerra e pela busca por um novo futuro.
“Não mostrei para ninguém. Sabia que tinha inteligência suficiente para trabalhar nas ciências humanas, mas duvidava que tivesse talento para ser romancista. pais”, explica Edgar em introdução escrita três quartos de século depois da trama.
Um romance encontrado e retrabalhado
Edgar Morin pensou por muito tempo que havia perdido, ao longo de seus movimentos, não apenas o manuscrito completo, mas todos os vestígios deste livro. Surpresa: rascunhos e folhas datilografadas permaneciam adormecidos, desordenados e incompletos, em seus arquivos entregues em 2001 ao Institut memoires de l'édition contemporain (Imec).
Edgar Morin e seu editor trabalharam então para reconstruir a coerência e as passagens faltantes. “Comecei a amar esse romance, inclusive sua escrita”, diz o autor. Este é seu segundo romance. O primeiro, publicado em 2017, intitulado L'Île de Luna (edições Actes Sud), foi também uma escrita juvenil redescoberta, cujo herói também se chamava Albert Mercier.
O filósofo e sociólogo publicou no dia 12 de junho, com as Edições Autre, uma Conversa com Edgar Morin que é uma longa entrevista à revista Zadig. Na segunda-feira, o festival Le Livre sur la place de Nancy anunciou que presidirá à 46ª edição deste evento literário, de 13 a 15 de setembro. Ele completará então 103 anos.
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