Carteiro - Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta sexta-feira (14) que o Brasil registrou um aumento de 34 milhões de endereços no Censo de 2022, conforme a pesquisa “Censo 2022: Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE)”. Ao todo, foram contabilizados 106 milhões de endereços, incluindo 90,6 milhões de domicílios particulares e 104 mil coletivos. Criado em 2005, o CNEFE é a base dessa contagem.
“O resultado de 106 milhões inclui não só o acréscimo de 34 milhões detectado no Censo, mas também a exclusão de 16 milhões de endereços”, explicou Gustavo Cayres, analista da pesquisa no IBGE. Ele destacou que a atualização do Censo permitiu ao IBGE eliminar endereços que deixaram de existir durante o período.
Diversos fatores contribuíram para o aumento de endereços entre os Censos de 2010 e 2022. “Parte desse aumento se deve ao crescimento populacional”, comentou. A população do Brasil cresceu 6,5% nesse período. Houve também uma mudança no perfil das residências. “Observamos uma redução no número de moradores por domicílio”, mencionou Cayres, ressaltando que divulgações anteriores indicavam mais residências com apenas um morador.
De acordo com o CNEFE, os pesquisadores do IBGE identificaram ainda 24,4 milhões de endereços sem número (22,8% do total) e 2,7 milhões em logradouros sem nome. Isso não significa necessariamente que sejam irregulares ou ilegais. “Não podemos afirmar que são ilegais. Podemos apenas dizer que esses endereços não receberam uma denominação formal do ente municipal”, esclareceu. No Distrito Federal, por exemplo, as ruas frequentemente não possuem nomes, mas são identificadas pelas quadras em que se situam.
Curiosidades
Aproximadamente 3% dos endereços no Brasil têm nomes de santos, totalizando cerca de 3,3 milhões de endereços.
O IBGE catalogou 72,4 milhões de endereços em ruas, 10,7 milhões em avenidas e 7,1 milhões em estradas. Outros tipos comuns incluem travessas, sítios, alamedas e fazendas.
Cerca de 13,3 milhões de endereços estão localizados em condomínios, sendo 3,6 milhões em condomínios com entre 6 e 20 unidades, detalhou o instituto.
Além disso, há 3,3 milhões de endereços em logradouros com “São” ou “Santa” no nome, e 171,7 mil com “Brasil” no nome.
Com informações do IBGE
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