A mentalidade do brasileiro tem sido incompatível com o desenvolvimento econômico há dois séculos. Diz-se que o escocês tem cabeça matemática, país justamente do "inventor" da economia política moderna, Adam Smith, aqui entre nós predomina uma mentalidade psicanalítica: interpreta-se sonho para se jogar no bicho, agora mesmo a jogatina nas chamadas bets corre à solta.
Essa mentalidade de ganhar no milhar repercute em campanha eleitoral, em época de eleição o brasileiro tem um "frivião no cu", como arribaçã no cio. O que se quer é ganhar uma coisinha, então se agarra os candidatos, tome abraços e apertos de mão na vã ilusão de que o postulante ao cargo eletivo, assim de supetão, tenha um espasmo de bondade e ponha um bolo de notas, ao invés de santinhos, na mão do eleitor fiel de qualquer candidato que passar por sua frente.
Nunca houve entre nós planos de governo, propostas sérias, os demagogos tornam as campanhas em farras carnavalescas, e tome som, e tome zuada e tome pula-pula, outrora muita gente ia aos comícios por causa de shows musicais e antes da festa começar se aplaudia os discursos dos candidatos que ninguém entendia nada: "muito bem, é isso aí..."
Já vi pessoa tímida e retraída, gente que passa festa sentado, virar-se num pião desembestado em época de campanha eleitoral. Em cidades pequenas brigava-se à solta, de pau, briga de pedra e zombarias dos derrotados. Em Caicó uma vez um eleitor de Vivaldo Costa quebrou uma panela de barro nos pés dum eleitor de Manoel Torres para celebrar a vitória do demagogo do jerimum.
Injustificavelmente às pessoas toma 'partido" dos candidatos sem qualquer razão, já que os partidos nunca funcionaram no Brasil. Sempre houve entre nós a política do seguir, nunca a do tomar partido, exatamente. A história da cidadania no Brasil é um desastre pior do que o 7 x 1 na Copa de 14. Você apostou no Brasil ou na Alemanha?
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