Resultado pode ser explicado por bom desempenho nos pilares infraestrutura e segurança pública
Paraíba é o estado mais competitivo da região Nordeste, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados de 2024, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com Seall e Tendências Consultoria. Todos os resultados do levantamento serão apresentados no evento de lançamento do ranking, no dia 21 de agosto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Em 2024, Paraíba está 12º lugar no ranking nacional. O ranking consolida o resultado com base em pilares estratégicos para avaliar o desempenho dos estados. Sendo assim, o resultado foi puxado, principalmente, por seu 6º lugar geral em infraestrutura e em segurança pública. Além disso, está em 10º em solidez fiscal e em 11º em inovação. O estado aumentou, de 2016 até 2024, três posições em média.
Ceará está em 14º lugar na lista nacional e em segundo na regional. O estado figura como vice-líder geral em educação, pilar que subiu duas posições. Também está em 8º em inovação (um avanço de cinco casas) e em 12º em sustentabilidade ambiental.
Na sequência está Alagoas, que aparece na 17º colocação no ranking geral. Os pontos fortes são segurança pública (11º), inovação capital humano (12º) e educação (17º). O estado também subiu em média 10 posições, considerando os últimos oito anos.
Subindo uma posição em relação ao ano passado, Sergipe está 18º lugar na lista nacional. Está melhor posicionado em infraestrutura (9º); em solidez fiscal (11º), pilar em que subiu nove posições; e em inovação (13º).
Caindo três posições em relação a 2023, Pernambuco está em 19º lugar no ranking. Apesar de o resultado não ser positivo na média, o estado está em 9º lugar geral em inovação e em 13º em educação, pilar que subiu três colocações em comparação com o último ranking.
Piauí, na 20º posição, subiu duas posições ao analisarmos os números anteriores. Apesar de não estar entre os líderes, trata-se da melhor colocação desde o início do levantamento. Pontuou bem em potencial de mercado (7º), educação (10º) e solidez fiscal (13º).
Em 22º lugar está Bahia, que se destacou também em solidez fiscal (3º) e eficiência da máquina pública (10º). Maranhão está na 23º colocação, com boa atuação em potencial de mercado (4º) e segurança pública (8º). Por fim, em 24º, encontra-se Rio Grande do Norte, que desempenhou bom papel em políticas voltadas à segurança pública (9º) e inovação (10º).
O ranking
Na décima terceira edição consecutiva do Ranking de Competitividade dos Estados, a avaliação das 27 unidades federativas foi feita a partir de 99 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.
"A cultura de tomada de decisão a partir de evidências pode tornar o setor público brasileiro muito mais eficiente. O ranking é uma ferramenta primordial quando falamos de efetividade de políticas públicas formuladas a partir de diagnóstico, indicadores consolidados e análise de desempenho. É uma iniciativa que leva o setor público a tomar, cada vez mais, as decisões com base em informações e, cada vez menos, em opiniões”, destaca Tadeu Barros, diretor-presidente do CLP.
Ranking de Sustentabilidade dos Estados
Realizado pelo CLP pelo terceiro ano consecutivo, o Ranking de Sustentabilidade dos Estados é uma adaptação do Ranking de Competitividade dos Estados a partir dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e suas 169 metas (ONU, 2015), bem como critérios ESG (environmental, social and governance) chancelados pela União Europeia (EU, 2020) para valorização das boas práticas ambientais, sociais e econômicas dos Estados.
No Nordeste, os estados apresentam grandes desafios em relação à avaliação ESG. A região ocupa as seguintes posições: Paraíba (13º), Ceará (14º), Pernambuco (16º), Sergipe (19º), Alagoas (20º), Rio Grande do Norte (22º), Bahia (23º), Maranhão (24º) e Piauí (26º).
Já em ODS, a região apresentou os seguintes resultados: Paraíba (12º), Pernambuco (16º), Ceará (17º), Alagoas (21º), Sergipe (22º), Piauí (24º), Maranhão (25º), Bahia (26º) e Rio Grande do Norte (27º).
Os dois rankings de sustentabilidade – ODS e ESG – são independentes entre si. Cada um deles traz uma abordagem e, por consequência, uma contribuição diferente para os governos e organizações. Confira todos os resultados dos Rankings ESG e ODS. Os dados completos também serão apresentados no evento em Brasília e a, a partir do dia 21, vão ficar disponíveis do hotsite do CLP.
Sobre o CLP
O Centro de Liderança Pública (CLP) é uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil. Há 16 anos, defende um Estado Democrático de Direito eficiente no uso de seus recursos e constituído sobre princípios republicanos.
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