Prévia da inflação de setembro desacelera para 0,13%, com destaque para a alta em Habitação

Com alta de 0,84%, energia elétrica residencial foi o subitem com maior impacto no IPCA-15 de setembro - Foto: Helena Pontes / Agência IBGE Notícias

A prévia da inflação de setembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou uma desaceleração, atingindo 0,13%, em comparação aos 0,19% de agosto, segundo dados divulgados hoje (25) pelo IBGE. No acumulado do ano, o IPCA-15 registra alta de 3,15%, e nos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% dos 12 meses anteriores.

O grupo Habitação foi o principal responsável pela variação de setembro, com alta de 0,50% e impacto de 0,08 ponto percentual no índice geral. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela alta na energia elétrica residencial, que subiu 0,84%, após queda de 0,42% em agosto. A adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, em vigor desde 1º de setembro, contribuiu para a alta, com reajustes específicos em Belém (-2,52%) e Porto Alegre (2,81%).

Ainda no setor de Habitação, destacaram-se as altas na taxa de água e esgoto (0,38%), influenciadas por reajustes em cidades como Salvador (5,81%) e Fortaleza (8,05%). O subitem gás encanado também apresentou alta de 0,19%, especialmente após o reajuste de 2,77% no Rio de Janeiro.

O grupo Alimentação e Bebidas, com maior peso no índice, registrou leve alta de 0,05% após dois meses de quedas. A alimentação no domicílio teve variação negativa de -0,01%, com quedas nos preços da cebola (-21,88%), batata-inglesa (-13,45%) e tomate (-10,70%). No entanto, frutas como o mamão (30,02%) e a banana-prata (7,29%) pressionaram para cima. Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,22%, desacelerando em relação a agosto.

Outros grupos que registraram altas no mês foram Saúde e Cuidados Pessoais (0,32%), Artigos de Residência (0,17%), Vestuário (0,12%), Comunicação (0,07%) e Educação (0,05%).

Por outro lado, os grupos Despesas Pessoais (-0,04%) e Transportes (-0,08%) apresentaram quedas. No grupo de Transportes, a gasolina recuou 0,66%, assim como o etanol (-1,22%), enquanto o gás veicular (2,94%) e o óleo diesel (0,18%) subiram. As passagens aéreas, por sua vez, registraram aumento de 4,51%.

O IPCA-E, indicador acumulado trimestralmente para o IPCA-15, foi de 0,62%, acima dos 0,56% registrados no mesmo período de 2023. Esses números sinalizam um cenário de desaceleração da inflação, especialmente em comparação ao ano anterior.