Número de trabalhadores no Comércio bate novo recorde, chegando a 19,5 milhões. - Foto: Helena Pontes |
A taxa de desemprego no Brasil no trimestre de junho a agosto de 2024, caiu para 6,6%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE. Este é o menor índice para o período desde o início da série histórica em 2012, refletindo a recuperação contínua do mercado de trabalho. A queda de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior e de 1,2 p.p. em comparação com o mesmo trimestre de 2023 destaca a retomada econômica do país.
A população desocupada também apresentou uma queda significativa, atingindo 7,3 milhões de pessoas, o menor número desde 2015. Na comparação trimestral, houve uma redução de 6,5% (-502 mil pessoas), enquanto na comparação anual, a diminuição foi ainda mais expressiva, com 1,1 milhão de pessoas a menos procurando emprego (-13,4%).
Outro dado positivo foi o crescimento da população ocupada, que chegou a 102,5 milhões de trabalhadores, o maior número já registrado. Isso representou um aumento de 1,2% no trimestre (mais 1,2 milhão de trabalhadores) e de 2,9% no ano (mais 2,9 milhões). Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “a baixa desocupação reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, levando a taxa de desocupação para valores próximos aos de 2013, quando esse indicador estava em seu menor patamar”.
O setor privado teve papel crucial nesse avanço, com o número de empregados chegando a 52,9 milhões, também um recorde na série histórica. O contingente de trabalhadores com carteira assinada atingiu 38,6 milhões, enquanto o de trabalhadores sem carteira chegou a 13,2 milhões. A maior contribuição veio do Comércio, que adicionou 368 mil novos trabalhadores no trimestre, impulsionando o setor para 19,5 milhões de ocupados.
No setor público, o número de empregados também cresceu, alcançando 12,8 milhões, com destaque para o grupo dos servidores sem carteira assinada, cujos contratos temporários predominam nas escolas municipais. Esse grupo teve aumento de 4,5% no trimestre e 6,6% no ano.
Por fim, o rendimento médio real dos trabalhadores ficou em R$ 3.228, sem variação significativa em relação ao trimestre anterior, mas com um crescimento anual de 5,1%. Já a massa de rendimentos alcançou R$ 326,2 bilhões, um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado, consolidando a recuperação do poder de compra da população trabalhadora.
Essa melhora no mercado de trabalho reflete a retomada econômica do Brasil, com a criação de empregos e o aumento da renda, contribuindo para uma maior inclusão social e crescimento econômico sustentável.
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