Por Pedro Raffy Vartanian, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)
Mesmo com um aumento da taxa Selic para 13,25% e com pelo menos mais um aumento para 14,25%, esperado para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil, o cenário continua desafiador em relação ao controle da inflação.
Uma combinação de inflação de custos com inflação de demanda torna difícil a tarefa do Banco Central em manter a inflação abaixo do teto da meta, que a partir de 2025 passará a ser contínua.
Para Pedro Raffy Vartanian, professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), “o aquecimento do mercado de trabalho e as incertezas na política fiscal somadas ao cenário internacional de taxas de juros mais elevadas do que na década passada, tornam desafiador o cenário para o alcance da estabilidade dos preços”.
O economista destaca que as taxas de crescimento da economia brasileira, superiores a 3% ao ano, tanto em 2023 quanto em 2024, vêm pressionando os custos das empresas, sobretudo no mercado de trabalho. Além disso, Vartanian acrescenta que as defasagens entre os preços do diesel e da gasolina em relação ao mercado internacional vão exigir reajustes por parte da Petrobrás, o que constitui fonte adicional de pressão inflacionária.
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