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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Uso de cheque por brasileiros cai 18% em 2024 e 96% desde 1995

Levantamento da Febraban mostra que brasileiros usaram 138 milhões de cheques no ano passado

Arquivo/Agência Brasil


O uso dos cheques no Brasil ainda sobrevive, apesar do grande avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, e a criação do Pix em 2020. Levantamento feito pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostra que os brasileiros usaram 137,6 milhões de cheques no ano passado. Entretanto, as estatísticas revelam que o número de documentos compensados no país cai ano a ano- houve redução de 18,4% de 2024 para o ano anterior.

 

Na comparação com 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, a queda foi significativa, de 95,87%.

 

O levantamento tem como base a Compe - Serviço de Compensação de Cheques. Em 2024, o total do volume financeiro dos cheques somou R$ 523,19 bilhões, queda de 14,2% ante o ano anterior.

 

“Apesar da crescente digitalização do cliente bancário, o cheque ainda é bastante usado no Brasil. São diversos motivos que ainda fazem este documento de pagamento sobreviver: resistência de alguns clientes com os meios digitais, uso em comércios que não querem oferecer outros meios de pagamento, utilização como caução para uma compra, como opção em localidades com problemas de internet, entre outros”, analisa Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.

 

Os números também mostram que o valor médio do cheque é mais alto, o que significa que a população está usando este meio de pagamento para transações de maior valor, enquanto as transações menores e do dia a dia são feitas com o Pix, complementa o diretor. “No ano passado, o tíquete médio do documento foi de R$ 3.800,87 ante R$ 3.617,60 de 2023”, diz.


Estatísticas de cheques no Brasil
   
AnoCompensadosVariação de
ano para 1995
19953.334.224.724 
19963.158.118.845-5,28%
19972.943.837.133-11,71%
19982.748.906.075-17,55%
19992.602.863.723-21,93%
20002.637.492.836-20,90%
20012.600.298.561-22,01%
20022.397.295.279-28,10%
20032.246.428.302-32,63%
20042.106.501.724-36,82%
20051.940.344.627-41,81%
20061.709.352.834-48,73%
20071.533.452.222-54,01%
20081.396.544.544-58,11%
20091.234.971.610-62,96%
20101.120.364.198-66,40%
20111.012.774.771-69,62%
2012914.214.328-72,58%
2013838.178.679-74,86%
2014755.816.648-77,33%
2015672.014.638-79,84%
2016576.404.408-82,71%
2017494.055.868-85,18%
2018436.204.425-86,92%
2019384.278.195-88,47%
2020287.196.448-91,39%
2021218.944.650-93,43%
2022202.848.320-93,92%
2023168.693.980-94,94%
2024137.658.640-95,87%

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