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sábado, 30 de agosto de 2025

Rio Grande do Norte receberá médicos do programa Agora Tem Especialistas em setembro

Nordeste concentra 51% do total de profissionais selecionados na 1ª chamada do edital para provimento de mais médicos especialistas

Para atuarem no SUS, os médicos selecionados contam com 16 cursos de aprimoramento em áreas como cirurgia, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia - Foto: Rafael Nascimento/MS


O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (28), a seleção de 501 médicos que irão atuar em 212 municípios do país pelo programa Agora Tem Especialistas. A iniciativa tem como objetivo ampliar o atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em regiões onde há déficit desses profissionais.


Do total, 260 médicos serão destinados ao Nordeste, região que historicamente concentra menor número de especialistas. O Rio Grande do Norte receberá 32 profissionais, distribuídos entre Ceará-Mirim (oito), Mossoró (sete), São José de Mipibu (seis), Caicó (quatro), Alexandria (três), Santa Cruz (um), São Miguel (um), Açu (um) e João Câmara (um). O Ceará terá 64 médicos, a Bahia 48, e o Maranhão 43. Também serão contemplados Piauí (27), Pernambuco (17), Paraíba (14), Alagoas (10) e Sergipe (5).


Distribuição e impacto


Segundo o Ministério, 67% dos selecionados vão atuar no interior do país em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. A expectativa é reduzir deslocamentos para capitais e grandes centros urbanos, ampliando a cobertura local.


Nas regiões mais remotas, 25,7% dos profissionais atenderão áreas classificadas como de alta ou muito alta vulnerabilidade, 20% estarão na Amazônia Legal e 9% em áreas de fronteira.


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que esta é a primeira vez que médicos já especialistas ingressam em um edital específico para atuação no SUS. “Precisamos de iniciativas ousadas como o Mais Médicos Especialistas, que vai garantir, pela primeira vez, a atuação de profissionais especialistas no SUS e reduzir o tempo de espera da população por atendimento”, afirmou.


Perfil dos selecionados


A média de experiência dos médicos é de 12 anos. Entre eles, 131 atuavam apenas em hospitais privados e, pela primeira vez, passarão a atender pacientes da rede pública. De acordo com a Demografia Médica 2025, a maior concentração de especialistas no Brasil ainda se encontra na rede privada.


Do total, 75% trabalharão em hospitais públicos, com foco em cirurgias, internações e tratamentos como radioterapia e quimioterapia. Outros 18% estarão em ambulatórios, para consultas e exames especializados, e o restante atuará em unidades de apoio diagnóstico e terapêutico.


Um dos exemplos do impacto do programa será em Patos (PB), no sertão. Pacientes que antes precisavam percorrer até 500 km até João Pessoa poderão reduzir esse deslocamento em até 400 km, com expectativa de aumento de 30% na capacidade de atendimento do hospital regional.


Capacitação e incentivo


Para a atuação no SUS, os médicos receberão 16 cursos de aprimoramento em especialidades como cirurgia, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. As atividades serão acompanhadas por profissionais de referência da Rede Ebserh e de hospitais do Proadi-SUS.


Os selecionados também terão direito a uma bolsa-formação de até R$ 20 mil, valor definido de acordo com a vulnerabilidade social e sanitária da região em que atuarão.


Próximas etapas


O edital atraiu 993 médicos especialistas. Dos inscritos, 501 foram selecionados para início em setembro e outros 400 permanecem em lista de espera, podendo ser chamados em etapas futuras do programa.

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