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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

PIB fica praticamente estável no terceiro trimestre, com leve avanço puxado pela agropecuária e pela indústria

PIB ficou praticamente estável frente ao trimestre anterior, mas as indústrias extrativas cresceram 1,7%, na mesma comparação - Foto: André Ribeiro/Agência Petrobras


O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou variação de apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao trimestre imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Apesar das altas moderadas da Agropecuária (0,4%) e da Indústria (0,8%), o setor de Serviços — que representa a maior fatia da economia — ficou praticamente estável, crescendo apenas 0,1%. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 3,2 trilhões no período, sendo R$ 176,2 bilhões gerados pela Agropecuária, R$ 682,2 bilhões pela Indústria e R$ 1,9 trilhão pelos Serviços. A taxa de investimento ficou em 17,3%, ligeiramente inferior à do mesmo trimestre de 2024 (17,4%), enquanto a taxa de poupança manteve-se em 14,5%.


O detalhamento do setor de Serviços evidencia uma dinâmica desigual entre suas atividades: Transporte, armazenagem e correio cresceu 2,7%, impulsionado pelo aumento do escoamento de commodities; Informação e comunicação avançou 1,5%; e Atividades imobiliárias tiveram alta de 0,8%. No entanto, outros segmentos caminharam em ritmo lento, como Comércio (0,4%), Administração pública e áreas sociais (0,4%) e Outras atividades de serviços (0,2%). As atividades financeiras e de seguros recuaram 1,0%, o que contribuiu para a virtual estagnação do setor. Na Indústria, houve crescimento das Indústrias extrativas (1,7%), da Construção (1,3%) e da Transformação (0,3%), enquanto Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos caiu 1,0%. Do lado da demanda, o Consumo das Famílias ficou estável (0,1%), o Consumo do Governo cresceu 1,3% e a Formação Bruta de Capital Fixo subiu 0,9%.



Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 1,8%, número fortemente influenciado pela expansão de 10,1% da Agropecuária. A produção de milho (23,5%), laranja (13,5%) e algodão (10,6%) sustentou o desempenho do setor, enquanto a cana-de-açúcar recuou 1,0%. A Indústria cresceu 1,7%, impulsionada principalmente pelas Indústrias extrativas, que avançaram 11,9% devido ao aumento da extração de petróleo e gás. A Construção também teve alta de 2,0%, embora as Indústrias de transformação tenham recuado 0,6%. O setor de Serviços avançou 1,3%, sustentado por Informação e comunicação (5,3%), Transporte e armazenagem (4,2%) e Atividades imobiliárias (2,0%). No consumo interno, as famílias registraram sua 18ª variação positiva consecutiva, ainda que modesta (0,4%), e o gasto do governo cresceu 1,8%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 2,3%, impulsionada pela Construção, pelas importações de bens de capital e pelo desenvolvimento de software.


No acumulado dos quatro trimestres encerrados em setembro de 2025, o PIB cresceu 2,7%. Todas as atividades registraram expansão: Agropecuária (9,6%), Indústria (1,8%) e Serviços (2,2%). Entre os segmentos industriais, destacaram-se as altas de Indústrias extrativas (4,5%), Construção (2,5%) e Transformação (1,6%), enquanto o grupo de Eletricidade, gás, água, esgoto e resíduos teve queda de 2,2%. Nos Serviços, os avanços mais expressivos ocorreram em Informação e comunicação (6,2%), Atividades financeiras e de seguros (2,7%), Transporte e armazenagem (2,7%) e Outras atividades de serviços (2,6%). Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 2,1%, o consumo do governo avançou 1,2% e a Formação Bruta de Capital Fixo teve expansão de 6,0%, refletindo um ambiente mais favorável ao investimento, sobretudo na Construção e nas atividades relacionadas à inovação tecnológica e bens de capital.

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