Meu Prefeito, meu vereador, meu deputado, meu governador. Isso se ouve aos montes no Rio Grande do Norte, quem tem um prefeito ou deputado particular só pode sê-lo em nome dos favores, das relações pessoais, depravações particulares do Brasil.
Mencionar isso é tratar a miséria política daqui por um aspecto importante, os eleitos levam muito dos eleitores. No facebook essas adulações são frequentes; qualquer postagem de Zé Agripino vêm logo os comentários "meu senador".
Ninguém tem senador, ou seja lá o que for. Mas é um vício do Brasil. Vejo aqui no Rio Grande do Norte que o vereador, por exemplo, só é "meu" se for ágil na compra de votos, na distribuição de exames médicos e na troca de favores usando o cargo, como oferecendo vagas de empregos, se o cidadão não fizer isso ele é "fraco".
As vezes quando o candidato adentra em uma casa e logo recebido com o preço, e eles até gostam, é um jeito fácil, se bem que o Historiador José Murilo de Carvalho diz que essa foi uma forma do povo brasileiro "tirar" algo dos políticos, se não fosse isso não era nada, mas ele fala do império; hoje as possibilidades de se manifestar são muito maiores.
Voltando para a questão do "meu", além da idolatria e adulação de "figura importante" isso incorpora, claro, a possibilidade de particularmente levar favores pessoais, aqui no Rio Grande do Norte isso não tem precedentes, os favores, mesmo neste ano de 2014 são presentes todos os dias pode-se dizer, favores para tudo, para livrar de processos, cargos para parentes, isso entre os aparentados; já na relação com os pobres um pouco de demagogia e migalhas resolve tudo.
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