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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

200 milhões de mulheres foram submetidas à mutilação genital no mundo

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Dados estão em pesquisa publicada nesta sexta-feira pelo Unicef; em grande parte dos países, a maioria foi submetida à prática antes dos cinco anos; este sábado, 6 de fevereiro, é o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Ilustração: ONU
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
Pelo menos 200 milhões de mulheres e meninas atualmente foram submetidas à mutilação genital em 30 países. Em grande parte deles, a maioria das meninas passou pela prática antes de completar os cinco anos de idade.
Os dados estão em um relatório publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, nesta sexta-feira, véspera do Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Direitos Humanos
O documento "Mutilação Genital Feminina: Uma Preocupação Global" menciona que metade das meninas e mulheres submetidas à prática vive em três países – Egito, Etiópia e Indonésia.
Desde 2008, mais de 15 mil comunidades e subdistritos de 20 países declararam publicamente o fim desse tipo de procedimento. Internacionalmente, a prática é reconhecida como uma violação dos direitos humanos.
O relatório do Unicef mostra ainda que as meninas adolescentes menores de 14 anos representam quase 25% do total. Os países com os índices mais altos de mutilação genital nesta faixa etária são Gâmbia, Mauritânia e Indonésia. Já entre as jovens e mulheres de 15 a 49 anos, as maiores taxas foram registradas na Somália, Guiné e Dijibouti.
A Guiné-Bissau, país de língua portuguesa na África, tem 45% de mulheres e meninas com idades entre 15 e 49 anos que passaram pela prática entre 2004 e 2015.
Homens
O estudo revela que há uma ampla desaprovação da mutilação genital, incluindo dois terços de rapazes e homens.
Mas, segundo a agência, se as tendências atuais continuarem, o número de meninas e mulheres submetidas ao procedimento deverá aumentar de forma significativa nos próximos 15 anos.
Para o Unicef, com a inclusão de uma meta sobre a eliminação da mutilação genital feminina até 2030 nos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o compromisso da comunidade internacional para acabar com a prática está "mais forte do que nunca".
A agência defende o fim da prática em todo o mundo, assim como o Fundo da ONU para População, Unfpa.

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