Autor - Luiz Rodrigues
República de Curitiba (Terra dos Pinheiros - pode-se criar um movimento político com uma bandeira com uma araucária, até porque usar a figura de Sérgio Moro tira o sentido, personaliza a República) foi uma denominação bem adequada dada por Lula, embora ele tenha usado num sentido oposto; é que os "curitibanos" substituem os antigos bacharéis (República dos bacharéis) que representavam "aristocracias" rurais. Os curitibanos são uma classe média mais liberal, concursada, a perder os vínculos com o poder político, atuando pelo Judiciário Ministério Público, etc. com uma formação baseada em princípios liberais; claro, princípios são deixados de lado facilmente, mas os curitibanos não têm "heranças" a perder.
República de Curitiba (Terra dos Pinheiros - pode-se criar um movimento político com uma bandeira com uma araucária, até porque usar a figura de Sérgio Moro tira o sentido, personaliza a República) foi uma denominação bem adequada dada por Lula, embora ele tenha usado num sentido oposto; é que os "curitibanos" substituem os antigos bacharéis (República dos bacharéis) que representavam "aristocracias" rurais. Os curitibanos são uma classe média mais liberal, concursada, a perder os vínculos com o poder político, atuando pelo Judiciário Ministério Público, etc. com uma formação baseada em princípios liberais; claro, princípios são deixados de lado facilmente, mas os curitibanos não têm "heranças" a perder.
O PT fez carreira na política brasileira em cima da "brecha republicana"; inúmeros autores de matiz intelectual político liberal descreviam o Brasil como uma terra onde se importava os principais modernos do liberalismo político europeu, mas onde se praticava "jeitos" que falsificavam tais princípios. A história do PT no palanque é a pregação de menos privilégios para políticos, igualdade jurídica, legalidades, fim de "oligarquias" familiares, etc. Esse é o PT do discurso eleitoral; o PT órgão partidário é um partido marxista, portanto o que almeja, vai além do Direito("burguês). No poder o partido ergueu a popularidade junto a base das classes baixas e montou por cima acordos políticos com as castas do poder antirrepublicanas, ciente da sabedoria em manejar as duas pontas da corda. A economia veio e deu a lição política; o partido ainda não perdeu nenhuma eleição pós-2013, mas perdeu o poder, justamente com movimentos de rua que pregam republicanismo.
O PT nunca fez carreira no Brasil pregando socialismo, como disse, entrou na brecha da falta de republicanismo político, lastreado por sua "estrutura" marxista dos sindicatos, centrais sindicais e estudantes. O Lula é a ponta dessa estrutura, um político habilidoso, discursivamente capaz de elaborar percepções como "República de Curitiba" e fabricar aliados e inimigos, entusiasmando e provocando.
A "República dos bacharéis" produziu no império os burocratas e legisladores, aristocratas, e vários presidentes da República, sempre prevalecendo os princípios liberais nestes cursos; hoje o lado econômico é prevalentemente socialdemocrata, mas essa nova burguesia desalinhou dos laços políticos quando se liberalizou o acesso aos cursos e aos postos na polícia e no judiciário além do MP.
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