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sábado, 24 de fevereiro de 2018

A próxima quebra do Brasil

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A próxima quebra do Brasil se dará por causa de fita isolante. Antes esse tipo de material era usado em instalações elétricas, nos últimos anos passou-se a servir para marcar corpos de gente, principalmente mulheres, sabe-se lá pra quê nem por quê. No seu livro Economia e Sociedade Max Weber dedicou poucas linhas ao conceito sociológico "moda", quando o livro fora escrito outros conceitos, principalmente os políticos, eram muito mais importantes, na contemporaneidade, a moda tem uma dimensão muito maior, no Brasil ela é soberana.


Não há no Brasil de hoje ninguém que tenha mais capacidade de usar modismos para explorar a burrice nacional do quê a fanqueira Anitta, ela se tinge de expoente e defensora das favelas pra ser milionária, e ser milionário é uma arte maravilhosa, que culpa teria? No último sábado, ainda no carnaval do Rio, mesmo tendo o carnaval do calendário já acabado, cada vez mais os carnavais são maiores no Brasil, a mulher que lançou para o mundo a arte de cantar sem usar a boca "puxou" o bloco atrepada no trio com short desabotoado e cheia de fita isolante. Tava ali mostrando a realidade das comunidades.

Voltando para o tema do início. Com tanto tanto bronzeamento feito com fita isolante quebrará o Brasil quando o Sistema único de Saúde tiver que pagar os tratamentos dos cânceres que virão embrulhados em fitas negras. Ah, uma moda de se exibir e ostentar os livros de Machado de Assis, que se lesse nos muros sem fita isolante, uma moda de saber escrever o idioma de Camões sem deixar os verbos no infinitivo sem o "r" do final, uma moda dos cantores e compositores antes de cantar e compor uma letra se tornarem leitores para saberem fazer uma música, a moda de cantar com a boca e usando trajes adequados nos palcos.

Ah, moda...


"A moda é uma variação tão intolerável do horror que tem de ser mudada de seis em seis meses" - Oscar Wilde

"As modas são legítimas nas coisas menores, como o vestuário. No pensamento e na arte, são abomináveis" - Ernesto Sábato.

Sempre que se fala em música no Brasil, diga-se fala-se mal de música ruim, tão ruim que sequer pode ser chamada de música, aparece um idiota graduado pra afirmar que é só questão de gosto. Veja só, música como gosto individual, uma música para cada um, todos incapazes de avaliar uma música como boa ou ruim. O indivíduo que vive numa sociedade política precisa tá preocupado com a música existente nesta sociedade.

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