Com data de finalização e integrado ao banco global, o armazenamento de células-tronco brasileiro vai atender o mundo todo
Jornal da USP
O Brasil deve ganhar em breve um banco de células-tronco induzidas que cobrirá as necessidades de 90% da população do País. São células retiradas de indivíduos adultos e manipuladas por técnicas genéticas específicas que as tornam pluripotentes, ou seja, podem se transformar em qualquer tecido do corpo humano.
Esse trabalho vem sendo coordenado pela professora Lygia da Veiga Pereira, chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE), da USP. A professora conta que, além de induzidas à pluripotência, as células-tronco da coleção que está sendo criada serão compatíveis com a maioria dos brasileiros, pois vêm de indivíduos que possuem um tipo de sistema imunológico mais comum.
Os pesquisadores analisaram o perfil genético para o sistema imunológico de quase quatro milhões de brasileiros com informações do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). E, também, já identificaram as pessoas ideais para a coleta das células.
Há cerca de três anos, o Brasil é parceiro da Aliança Global para Terapias com Células-Tronco Pluripotentes Induzidas. A iniciativa mundial trabalha para que essas terapias sejam aplicadas em benefício de pacientes de todo o mundo. O banco de células-tronco induzidas brasileiro tem prazo para ser finalizado e vai integrar um banco global para atender o mundo todo.
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