Euronews - As primárias nos Estados Unidos têm demonstrado a grande divisão interna do Partido Democrata, entre uma ala mais à esquerda e outra mais moderada.
Bernie Sanders é o rosto da ala mais radical. A ideia de criar um Serviço Nacional de Saúde pode ser demasiado socialista para alguns, mas muitos eleitores democratas identificam-se com ela. "Vamos ganhar em todo o país, porque o povo americano está farto de um presidente que lhes mente o tempo todo", diz Sanders.
Quem partilha da visão de Sanders é Elizabeth Warren, a sua principal rival, que também quer que os cuidados de saúde financiados pelos impostos sejam alargados.
Mas os aliados de longa data entraram em conflito durante a campanha, sobretudo por alegadamente Sanders ter dito que uma mulher não tinha condições para ganhar a presidência em 2020.
E os candidatos democratas mais moderados, como Joe Biden, também consideram que Sanders e Warren estão muito à esquerda da maioria dos eleitores americanos.
"Sou democrata por uma simples razão. Não sou socialista. Não sou plutocrata. Sou democrata e tenho orgulho disso", afirma Joe Biden, um dos candidatos democratas.
Mas Biden tem outros candidatos do centro com quem se preocupar, sobretudo Pete Buttigieg, que lhe tem retirado apoio.
A fação centrista também tem mulheres candidatas: Amy Klobuchar e Tulsi Gabbard, consideradas outsiders.
A complicar ainda mais a corrida à Casa Branca estão os multimilionários Mike Bloomberg e Tom Steyer. Compensam a falta de apoio partidário tradicional, com muitos milhões para gastar em anúncios de campanha.
Mas o que parece claro é que nenhum dos candidatos democratas consegue unir e convencer as hostes como o ex-presidente Barack Obama.

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