Para um interlocutor do comando do Exército, há um roteiro desenhado, que passa pelo suposto abuso de poder presidencial
Revista Época
No Exército, onde mais de 25.000 homens já arriscam as próprias vidas em defesa dos brasileiros nessa emergência global, os generais não estão fazendo contas para saber quantos tanques são necessários para fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. O foco é o vírus.
O comando do Exército quer focar no novo coronavírus, e não no velho golpismo de Jair Bolsonaro.
Um militar disse para a coluna Radar de Veja:
“Bolsonaro fala, mas o que faz de concreto? Tem que ver o que tem de concreto. Nada! Até porque o Braga Netto e os generais estão nesse governo para fazer gestão. Deixa o presidente falar aos malucos sozinho. São malucos. Tem que ignorar. Tem que parar de dar atenção a isso e focar no que realmente interessa.”
Na visão do militar, o que interessa é o resultado da gestão de Bolsonaro. Sem tanques nem tropa para levar adiante um suposto golpe, o presidente tenta criar uma camuflagem ao seu despreparo como governante. Aí é que moram as questões importantes. “São malucos (os que foram aglomerar na frente do QG do Exército). Tem que ignorar. Quem diz que isso (o golpe militar) é passado continua remoendo o passado. Tem que parar de dar atenção a isso e focar no que realmente interessa”, argumenta um militar.

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