Euronews - Apesar da Europa ter visto o número de casos confirmados de covid-19 ultrapassar a marca simbólica do milhão de doentes, a pandemia começa a mostrar sinais de fraqueza. O número de pessoas que ultrapassaram a doença tem vindo a aumentar e mesmo nos países mais atingidos, já supera o número de novas infeções.
Fernando López é enfermeiro em Madrid, sublinha que esta semana o seu serviço teve mais doentes com alta do que admitidos e espera que essa tendência seja para manter a partir de agora.
O otimismo estende-se às autoridades espanholas, que apesar do prolongamento do estado de emergência se preparam para um levantamento gradual das medidas de restrição. A partir da próxima semana, as crianças poderão voltar à rua.
No Reino Unido, esse momento ainda não chegou. Depois das acusações de uma abordagem negligente no início do surto, o governo de Boris Johnson opta agora por uma postura cautelosa.
Gavin Williamson, ministro da Educação do Reino Unido, refere que antes de levantar as medidas de restrição é preciso "confiança na capacidade para efetuar testes e fornecer material de proteção, não só para responder às necessidades atuais mas também às necessidades futuras. Mais importante ainda, precisamos de ter a certeza que qualquer alteração que possa ser feita não vai aumentar o risco de uma segunda vaga de infeções."
Em França, o início do fim do confinamento está marcado para 11 de maio e será um processo lento e gradual. O governo de Emmanuel Macron alerta que a população terá de aprender a viver com o vírus mesmo depois de começar o levantamento das medidas de restrição.
O contraste surge da Áustria. A semana passada reabriu o comércio de pequena dimensão e o país garante que até ao fim do mês terá uma estratégia para a reabertura gradual de restaurantes e outros estabelecimentos ligados ao turismo. Desde quatro de abril que o número de novos casos diários no país tem sido inferior ao de doentes recuperados.

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