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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Sérgio Moro reclama da ‘parcialidade’ da justiça

Ex-juiz, que foi acusado por advogados de negar ampla defesa aos clientes, agora reclama da ‘parcialidade’



Painel Político - As voltas que o mundo dá. O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro questionou publicamente nesta sexta-feira o fato da Advocacia Geral da União estar tendo acesso a íntegra do vídeo da reunião do dia 22, enquanto que seus advogados não tem.

Segundo Moro, “ele e seus advogados foram surpreendidos com a petição da AGU em favor do presidente da República no inquérito junto ao STF. A transcrição parcial revela a disparidade de armas pois demonstra que a AGU tem acesso ao vídeo, enquanto a defesa não tem”.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, um dos maiores críticos da atuação de Moro, publicou um texto ironizando a situação do agora ex-juiz. Veja:

“Ler a defesa do ex-ministro Moro defender a paridade de armas, alegar surpresa por não ter acesso integral aos documentos a que se refere a AGU e clamar por ter o direito de defesa respeitado é um presente para o Estado democrático de Direito.

“O ex-juiz sempre foi parcial e nunca respeitou o direito de defesa na sua amplitude. Um juiz que nunca honrou o Poder Judiciário, desrespeitando com frequência a Constituição Federal. Mas, como ensina o poeta maranhense, ‘a vida dá, nega e tira’. Neste momento difícil para o sr. Sergio Moro, no qual o ex-juiz está sendo investigado e sofrendo a força do poder do Estado contra ele, mesmo mantendo o apoio de grande parte da mídia, faz-se necessário que, todos os democratas, toda a advocacia defenda o devido processo legal na sua plenitude.

“O ex-juiz tem, felizmente, um grande advogado. E queremos que como investigado tenha garantido todos os direitos que nunca garantiu aos réus dos casos nos quais atuou como juiz. Vamos todos exigir o cumprimento das garantias constitucionais. Inclusive o princípio da presunção de inocência, contra o qual ele tanto lutou.

“Se processado e condenado que só cumpra sua pena após o trânsito em julgado e que não sofra o supremo constrangimento de uma prisão preventiva desnecessária e arbitrária. O ex-juiz vai entender, sofrendo na pele, a importância de ter uma defesa técnica e de ver cumprida a Constituição”. 

KAKAY.


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