Mentorias on-line serão oferecidas até 30 de junho; no RN, 18 indústrias já conseguiram vagas para aumentar fabricação de máscaras, capotes e propés
Na luta contra o novo coronavírus, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) lançou uma ação para apoiar empresas de todos os tamanhos que quiserem iniciar, ampliar ou adaptar as linhas de produção para fabricação de equipamentos de proteção individual (EPIs).
De acordo com o edital, as mentorias vão até dia 30 de junho e a indústria pode receber auxílio de algum Instituto SENAI de Inovação, de Tecnologia ou de outra unidade. A duração de cada mentoria é de oito horas, com recursos de até R$ 400 mil distribuídos nas 250 vagas disponíveis. Não haverá contrapartida financeira dos participantes selecionados.
Dezoito indústrias do Rio Grande do Norte, localizadas em 15 municípios, abocanharam uma vaga nessas oficinas virtuais. As empresas selecionadas optaram pela fabricação de materiais em tecido, como máscaras comuns e cirúrgicas, capotes e propés.
“Isso vai ampliar cada vez mais a capilaridade de atuação do SENAI no combate ao novo coronavírus”, afirma o gerente regional da entidade no estado, Emerson Batista. Para ele, foi motivo de orgulho ver tantas empresas locais procurando mentoria. “A participação foi louvável. Apesar de termos uma grande massa e fama na área de confecção, não temos tantas indústrias de grande porte nesse setor”, pontua.
Com a pandemia, o gerente observa que o setor se mostrou uma área importante, mas deficitária. “Agora, pode ser um novo nicho de mercado para o futuro das empresas de confecções, independentemente de pandemia. Elas poderão se especializar na produção não só de tecido, mas de materiais hospitalares”, sugere.
Batista acredita que essa iniciativa pode, inclusive, voltar a movimentar a economia local. “Isso vai permitir que as empresas possam se capacitar, mesmo que remotamente, de maneira a gerar produtos e receitas. Dependendo do porte e das condições, elas podem negociar diretamente no mercado ou por meio de parcerias”, completa.
As empresas podem optar pela comercialização ou pela doação das peças produzidas com o apoio da equipe do SENAI. As indústrias potiguares serão atendidas no Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta, em Natal, e no Centro de Educação e Tecnologias Aluísio Bezerra, em Santa Cruz.
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