As contas externas do Brasil registraram déficit de 1,7 bilhões de dólares em setembro, saldo negativo 391% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, segundo o Banco Central.
Em setembro de 2020 o saldo negativo das contas externas brasileiras havia sido 346 milhões de dólares. Segundo dados do órgão emissor, é o pior resultado deste mês desde 2019, quando o saldo era negativo em 3,7 bilhões de dólares.
As contas externas do Brasil são formadas pela soma dos resultados da balança comercial, pelos serviços adquiridos por brasileiros no exterior e pelas rendas, como remessas de juros, lucros e dividendos para outros países.
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em setembro, a diferença entre o que o país ingressou e gastou nas transações internacionais relacionadas ao comércio, rendas e transferências foi um défice de 20,7 bilhões de dólares, equivalente a 1,30% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Em setembro de 2020, o déficit com o exterior na comparação interanual era equivalente a 2,09% do PIB.
Em relação ao acumulado dos primeiros nove meses do ano, a conta corrente apresentou um saldo negativo de 8 bilhões de dólares, 39,2% inferior ao registrado no mesmo período de 2020 (13,3 bilhões de dólares).
Já o investimento estrangeiro direto no Brasil cresceu e atingiu 4,4 bilhões de dólares em setembro, montante 31,2% maior que o do mesmo mês do ano passado.
Nos primeiros nove meses, os investimentos estrangeiros para projetos produtivos no país somaram 40,7 bilhões de dólares, 16,4% a mais em relação ao mesmo período de 2020.
O Banco Central prevê um déficit de 21 bilhões de dólares em transações correntes até 2021 e um investimento direto de 55 bilhões de dólares no país.
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