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quarta-feira, 29 de junho de 2022

PRESIDENCIÁVEIS: Ciro Gomes apresenta o Plano Nacional de Desenvolvimento

Pré-candidato apresentou suas propostas em diálogo promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 



O pré-candidato à presidência da república Ciro Gomes pretende recriar o Ministério da Indústria e Comércio, se eleito. A pasta foi criada em 1960 e extinta em 2019, tendo suas atribuições incorporadas ao Ministério da Economia. A declaração de Ciro Gomes ocorreu durante evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quarta-feira (29), em Brasília.


“Eu vou recriar o Ministério da Indústria e Comércio, mas vou criar um grande aforamento ao redor do presidente da República, para discutir, acompanhar, supervisionar, criticar, trocar e substituir prioridades do próprio projeto nacional de desenvolvimento.”


O diálogo, que também contou com as exposições dos presidenciáveis Simone Tebet e Jair Bolsonaro, teve como base as 21 Propostas da Indústria para as Eleições 2022, elaboradas por sugestões do empresariado, das federações da indústria dos estados e das associações setoriais da indústria. O documento apresenta temas relevantes para a indústria brasileira, como infraestrutura, tributação, política industrial, educação, meio ambiente e eficiência do estado. 


Plano Nacional de Desenvolvimento


O pré-candidato Ciro Gomes apresentou o seu Plano Nacional de Desenvolvimento, que estabelece objetivos, prazos e métodos de controle das políticas nacionais. 


“O Brasil não tem plano para nada. Projeto significa um plano com começo, meio, fim, orçamentação, prazo, meta, quem faz o quê, qual é a tarefa do capital privado, qual é a tarefa do capital internacional.”


Ciro Gomes apresentou quatro propostas políticas de seu plano de governo:


  • Consumo das famílias: responsável por 60% do PIB brasileiro. Deriva de três fatores: emprego, renda e crédito. “Se eu não tenho emprego e renda, o único lugar onde posso e tenho que fazer política pública é no crédito popular. Sessenta e cinco milhões de pessoas estão com nomes sujos no SPC. É preciso uma política pública que faça uma reestruturação prudente e cautelosa”, diz Ciro.
  • Crédito para as empresas: “O governo impõe um juro tão impagável que, hoje, seis milhões de empresas estão no Serasa. Temos como fazer um fundo de reestruturação de crédito empresarial. Mas precisamos fazer uma dinâmica de recapitalização do BNDES”, considera.
  • Retomada das obras públicas paradas: Ciro pretende fazer um investimento de R$ 3 trilhões de reais, em dez anos, para garantir de forma contínua a retomada da competitividade e da produtividade, a partir da logística e da infraestrutura do país, com envolvimento da iniciativa privada.
  • Estabelecer uma Política Industrial de Comércio Exterior. Nesse quesito, o presidenciável destacou os complexos industriais de saúde, do agronegócio, do petróleo, gás e energias renováveis e da defesa, nos quais o Brasil já possui tecnologia.


“Ninguém reforma o país se não houver uma complicidade com o povo brasileiro, meritocrática, transformando as eleições em um plebiscito sobre as reformas. E é o que eu vou tentar fazer.”

Educação


Quando perguntado sobre suas estratégias para elevar a qualificação profissional ao nível dos atuais desafios tecnológicos, Ciro Gomes citou os exemplos de políticas educacionais implementadas por ele no estado do Ceará e que pretende aplicar em todo o país, se for eleito.


“Fazer da escola um lugar atraente, perseguir de forma absolutamente radical a evasão escolar, estabelecer a alfabetização na idade certa e a qualificação profissional em nível médio. Isso será uma política pública central do meu governo.”


“Se houver um centavo para gastar, esse centavo será gasto na revolução educacional, que terá todas essas qualificações: equipamentos, ferramentaria pedagógica. Mas o essencial é a mudança do paradigma pedagógico, do enciclopedismo raso para uma economia do conhecimento, que prepara o jovem para o futuro”, acrescenta.




Fonte: Brasil 61



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