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sábado, 6 de abril de 2024

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No Silêncio da Tarde, Uma Estrela se Despede: Um Tributo a Ziraldo

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No cair da tarde, quando o sol desenhava sombras suaves pelas ruas, uma notícia se espalhou como um suspiro sussurrado ao vento: Ziraldo Alves Pinto, o criador do eterno "Menino Maluquinho", partiu aos 91 anos. Não houve trombetas estridentes, nem alaridos desmedidos. A partida desse ícone da literatura infantil aconteceu de forma serena, como se uma estrela se despedisse discretamente de sua constelação.


Nascido sob os auspícios de Caratinga, berço de tantas histórias e sonhos, Ziraldo cresceu entre tintas e palavras. Seu nome, uma junção afetuosa entre Zizinha e Geraldo, anunciava desde o início a fusão de afetos e talentos que habitarão para sempre as páginas dos livros e os corações dos leitores.


Desde menino, Ziraldo foi um devorador insaciável de letras. Ainda criança, seus desenhos ganhavam vida nas páginas dos jornais, como pequenas sementes de um talento que floresceria generosamente ao longo dos anos.


Foi com tintas de poesia e traços de ternura que Ziraldo conquistou seu lugar de destaque na literatura brasileira. Suas histórias encantaram gerações, abrindo janelas para mundos onde a imaginação reinava soberana. Entre os clássicos que ele deixou como legado, estão "Flicts" e, claro, o travesso "Menino Maluquinho", cujas travessuras e aventuras despertaram sorrisos em incontáveis rostos infantis.


Mas Ziraldo não foi apenas um contador de histórias. Ele foi um mago que transformava palavras em varinhas mágicas, capazes de encantar e ensinar, de emocionar e inspirar. Sua pena era um pincel que pintava quadros de esperança e sonhos, onde cada leitor podia se encontrar e se perder, descobrindo um pouco mais sobre si mesmo a cada página virada.


Hoje, ao despedir-se deste plano terreno, Ziraldo deixa um vazio suave, como a brisa que acaricia o rosto ao entardecer. Mas também deixa um legado luminoso, um tesouro de histórias que continuarão a embalar os sonhos das crianças e a aquecer os corações dos que se permitem voltar a ser crianças.


Então, descanse em paz, Ziraldo Alves Pinto, mestre das palavras e dos traços. Que seu espírito alegre e criativo continue a iluminar os caminhos daqueles que buscam na arte e na imaginação um refúgio para as agruras da vida. E que, onde quer que vá, encontre um universo de histórias esperando para serem contadas, assim como você tão generosamente fez em sua passagem pela Terra.

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