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quinta-feira, 11 de julho de 2024

Seca no Pantanal: novo boletim de monitoramento indica que nível da Bacia do Rio Paraguai segue em declínio

A situação se mostra crítica desde Cáceres (MT), próximo às nascentes do rio, até a região de Porto Murtinho (MS), na saída do curso de água do território brasileiro

Foto/Crédito: Mayke Toscano/Arquivo-Secom (MT)


Brasília (DF) – A seca que atinge a Bacia do Rio Paraguai, no Pantanal, é uma ameaça real à segurança hídrica de municípios dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O novo boletim de monitoramento, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) nesta quarta-feira (10/7), indica que os níveis dos rios devem alcançar os menores valores já registrados para o período.
 

De acordo com o boletim, a situação é crítica desde o município de Cáceres (MT), que fica localizado próximo às nascentes do rio, até a região de Porto Murtinho (MS), na saída do curso de água do território brasileiro. No município mato-grossense, a cota verificada na data de ontem (10/7) foi de 70 cm. Essa marca está 1,3 m abaixo do esperado para a época do ano, que seria de 2,00 m. Em Porto Murtinho, por sua vez, a diferença é ainda maior. Na mesma data, a estação marcou a cota de 1,73 m, sendo que a média histórica é de 5,28 m. Esse valor está 3,55 m abaixo da referência para o período.
 

“Temos níveis próximos ou abaixo das mínimas históricas para o período em praticamente todas as estações monitoradas na bacia”, alerta o pesquisador em geociências do SGB, Mauro Campos Trindade.


Na última semana, o acumulado de chuva na Bacia do Rio Paraguai foi insignificante (2 mm). O boletim ainda aponta que os trechos de Barra do Bugres (MT), Cáceres (MT) e Miranda (MS) já apresentam os níveis mais baixos registrados no histórico de monitoramento para o mês.
 

Sem previsão de chuva


Para as próximas duas semanas, os modelos de previsão indicam acumulados de chuva praticamente nulos. Caso o prognóstico se concretize e, considerando a cota observada recentemente, haverá continuidade da vazante em Cáceres (MT), Ladário (MS), Forte Coimbra (MS) e Porto Murtinho (MS), além de redução dos níveis a valores mínimos em toda a bacia.

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