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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Alana lança pesquisa internacional sobre formação continuada de professores para fortalecer a educação inclusiva

Relatório executivo do Alana, realizado em cooperação com a Unesco, traz análise de políticas públicas e ferramentas para apoiar gestores, diretores e comunidades escolares e garantir uma educação de qualidade para todos os estudantes

 

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O que redes de ensino estão fazendo para apoiar os professores e promover a educação inclusiva garantindo oportunidades de aprendizagem para todos os estudantes? O Alana, em cooperação com a UNESCO, lança em setembro o relatório executivo “Educação inclusiva e a formação continuada de professores: aprendizados nacionais e internacionais”, feita a partir de pesquisa encomendada aos pesquisadores Luzia Lima-Rodrigues e David Rodrigues.
 

O relatório analisa políticas, práticas e estruturas organizacionais criadas para a implementação da formação continuada de profissionais para a educação inclusiva de oito casos: três no Brasil — Maracanaú (Ceará), Pinhais (Paraná) e Santos (São Paulo) —, além de Buenos Aires (Argentina), Glasgow (Escócia), Comunidade Autônoma Valenciana (Espanha), Portugal e Uruguai.
 

Os locais foram escolhidos por sua diversidade de modelos de gestão e riquezas de perspectivas e porque são ou estão em países signatários da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU). A divulgação da pesquisa será feita no dia 10 de setembro em um evento em Brasília, das 9h30 às 16h30, com transmissão ao vivo em celebração aos 30 anos da Declaração de Salamancamarco da Unesco que trouxe importantes avanços para a educação inclusiva no mundo.
 

Os casos não são abordados como experiências de sucesso a serem replicadas, mas como políticas públicas que, analisadas em conjunto, contribuem para o planejamento, monitoramento e avaliação de processos formativos que podem apoiar o trabalho dos professores e o projeto de uma educação inclusiva na escola e na rede de ensino às quais pertencem. O estudo também traz um questionário de 38 perguntas que busca incentivar a reflexão e auxiliar gestores, diretores e comunidades escolares na implementação e execução das políticas públicas voltadas para a formação continuada de professores.
 

A pesquisa que fundamenta a publicação foi coordenada por Luzia Lima-Rodrigues, doutora em Educação pela Unicamp e professora da Universidade Lusófona, e David Rodrigues, professor da Universidade de Lisboa e membro fundador da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial.
 

Chamado à ação por uma educação inclusiva
 

A publicação faz um chamado à ação para promover mudanças nos sistemas educativos e fortalecer a formação continuada de professores em uma perspectiva coletiva, com o engajamento de gestões públicas, organizações da sociedade civil e dos próprios docentes na promoção da educação inclusiva.
 

Uma das conclusões do estudo é que, para a educação inclusiva se concretizar no chão das escolas, as gestões públicas federal, estaduais e municipais devem cumprir políticas, leis e práticas de formação baseadas na compreensão de que todas as crianças e adolescentes aprendem mais e melhor juntos em uma mesma escola, independentemente de suas diferenças individuais.
 

Por isso, garantir o direito à educação desse público só é possível ao assegurar uma formação de qualidade aos professores, fortalecendo o projeto de educação inclusiva da escola e capacitando esses profissionais e toda a comunidade escolar a ampliar seu repertório e desenvolver um projeto educativo pautado na inclusão em ambientes complexos e diversos.
 

A partir da análise de entrevistas, grupos focais, legislações, documentos e recomendações internacionais sobre educação inclusiva, os pesquisadores sintetizaram achados, reflexões e elementos para construir formações continuadas relevantes e promover a educação inclusiva a partir de dez categorias de análise:


1) legislação;
2) estruturas de formação;
3) demandas prioritárias dos professores e gestores;
4) perfil dos formadores;
5) participação e impacto das formações continuadas na carreira docente;
6) tipos e ambientes de formação continuada;
7) temáticas mais presentes;
8) metodologias;
9) avaliação dos participantes e das ações de formação continuada;
10) políticas públicas e financiamento.
 

Sobre o Alana


O Alana é um ecossistema de organizações de impacto socioambiental que promove e inspira um mundo melhor para as crianças. Um mundo sustentável, justo, inclusivo, igualitário e plural. Um mundo que celebra e protege a democracia, a justiça social, os direitos humanos e das crianças com prioridade absoluta. Um mundo que cuida dos seus povos, de suas florestas, dos seus mares, do seu ar. O Alana é um ecossistema de organizações interligadas, interdependentes, de atuação convergente, orientadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O encontro de um Instituto, uma Fundação e um Núcleo de Negócios de Entretenimento de Impacto. Um combinado único de educação, ciência, entretenimento e advocacy que mistura sonho e realidade, pesquisa e cultura pop, justiça e desenvolvimento, articulação e diálogo, incidência política e histórias bem contadas.

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