Manaus (AM) – O Rio Negro segue em processo de descida e chegou à cota de 16,75 m em Manaus (AM). Essa marca está 3,7 m abaixo da faixa de normalidade para o período. De acordo com monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), as descidas têm sido de 24 cm por dia na estação. Os dados são apresentados no 37º Boletim de Alerta Hidrológico, publicado nesta sexta-feira (13), na plataforma SACE.
Níveis baixos e mínimas históricas na Bacia do Amazonas
Na maioria das estações da Bacia do Amazonas, os níveis estão abaixo da faixa da normalidade. Em Tabatinga (AM), o Rio Solimões registrou, nesta sexta (13), a mínima histórica (desde 1983): -1,79 m. Na estação de Itapéua (AM), a cota atual é de 2,3 m – a 3ª menor da história, atrás de 1,46 m em 2023 e de 1,3 m em 2020. Fonte Boa (AM) está na marca de 10,16 m – a 8ª mais baixa da história.
Seca no Pará
“O estado do Pará também é afetado pela seca que se estende a praticamente todo o braço direito do Rio Amazonas e também pela região do Pantanal. Em alguns pontos, como São Félix do Xingu (PA), o nível do rio está entre os 10 menores já observados em toda a série histórica (desde 1977)”, explica o engenheiro hidrólogo Artur Matos, coordenador nacional do Sistema de Alerta Hidrológico (SAH). Conforme o SACE, a cota registrada nesta sexta-feira (13) é de 3,37 m na estação Boa Sorte.
Em outros pontos, como no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), o nível é também o menor já observado para o período, desde 1968. No Rio do Amazonas, em Óbidos (PA), a última cota observada foi de 1,17 m – o menor nível para essa data, desde 1967. “O nível da água dos rios foi afetado pela falta de chuvas durante o ano. A vegetação seca, em decorrência da falta de chuva, gera condições favoráveis para as queimadas”, ressalta Matos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário