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sexta-feira, 21 de março de 2025

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Brasil no 127º lugar em liberdade econômica: mesmo com a reforma tributária, burocracia e dificuldade de acesso ao crédito ainda travam empreendedorismo

Brasileiros gastam 1.501 horas por ano com impostos e levam 79,5 dias para abrir empresa

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O Brasil ocupa a 127ª posição no Índice de Liberdade Econômica, um ranking global que avalia a facilidade de fazer negócios em 176 países. Apesar da aprovação da reforma tributária em 2024, que promete simplificar o sistema de impostos, os desafios para empreender no país continuam significativos. Burocracia excessiva, dificuldades de acesso a crédito e uma complexidade regulatória que persiste mesmo após avanços legislativos mantêm o Brasil atrás de países como Gana (89º) e Paraguai (73º) no ranking.

 

Para Eduardo Araújo, especialista tributário e CEO da Tax All, a reforma tributária aprovada em 2024 foi um passo importante, mas da forma que foi aprovada não vai resolver o problema, porque a complexidade ainda se mantém, e a carga tributária vai aumentar muito. “O ideal seria que o governo trabalhasse um modelo tributário mais simples que desonerasse o consumo”, explica.

 

Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil é um dos piores lugares do mundo para pagar impostos, com empresas gastando em média 1.501 horas por ano apenas para cumprir obrigações fiscais. Apesar da expectativa de que a reforma tributária reduza esse tempo, a burocracia excessiva ainda é um entrave. Em 2022, o Brasil ficou em 124º lugar no ranking de facilidade para abrir empresas, também do Banco Mundial. Enquanto na Nova Zelândia é possível abrir um negócio em menos de um dia, o processo brasileiro leva, em média, 79,5 dias.


O acesso a crédito, essencial para o crescimento e a inovação, também permanece como um problema crônico. De acordo com o Sebrae, apenas 32% das micro e pequenas empresas conseguem empréstimos bancários. Quando conseguem, as taxas de juros são elevadas, chegando a 5% ao mês em alguns casos. Essa realidade limita a capacidade de investimento das empresas, especialmente as menores, que são responsáveis por grande parte dos empregos gerados no país.

 

Enquanto o Brasil patina na 127ª posição, países como Chile (22º), Uruguai (38º) e Colômbia (49º) mostram que é possível criar um ambiente de negócios mais favorável. O Chile, por exemplo, simplificou seu sistema tributário e reduziu a burocracia, atraindo investimentos e se tornando um dos países mais empreendedores da América Latina.

 

Para Eduardo Araújo, é preciso que sejam feitas novas mudanças nos tributos da folha de pagamento. “É preciso uma linha mais benéfica que traga redução da carga tributária e não aumento como foi gerado no texto da atual reforma, e ainda espera-se que o Congresso possa revisitar o texto da atual reforma deixando o texto menos complexo e reduzir a carga tributária.”

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