Os monstros de Hitler, de Eric Kurlander, conta como o Partido Nazista surgiu em um meio que acreditava em teorias da conspiração delirantes e que, depois, passou a alimentar uma gama de irracionalidades
Em agosto de 1909, um jovem de aparência pobre e humilde entra no escritório do ocultista austríaco Jörg Lanz von Liebenfels para encomendar alguns exemplares da revista Ostara.
Lanz era um grande defensor da ariosofia na Europa Central, uma doutrina esotérica que profetizava o ressurgimento de uma civilização ariana perdida, povoada por “homens-deuses” nórdicos.
Segundo o rapaz, a Ostara era a “primeira e única revista racialmente científica [...] que se propunha a combater os revolucionários socialistas e feministas e reservar a nobre raça ariana do declínio”.
O visitante, de acordo com o livro de memórias de Lanz, escrito em 1951, era Adolf Hitler.
Em agosto de 1909, um jovem de aparência pobre e humilde entra no escritório do ocultista austríaco Jörg Lanz von Liebenfels para encomendar alguns exemplares da revista Ostara.
Lanz era um grande defensor da ariosofia na Europa Central, uma doutrina esotérica que profetizava o ressurgimento de uma civilização ariana perdida, povoada por “homens-deuses” nórdicos.
Segundo o rapaz, a Ostara era a “primeira e única revista racialmente científica [...] que se propunha a combater os revolucionários socialistas e feministas e reservar a nobre raça ariana do declínio”.
O visitante, de acordo com o livro de memórias de Lanz, escrito em 1951, era Adolf Hitler.
Conheça três mitos defendidos pelo Terceiro Reich
1 – Judeus eram vistos como vampiros
Hitler apoiou-se em características e metáforas relacionadas aos vampiros para construir uma representação de como eram os judeus. Para propagar o ideal, ele utilizou o cinema para construir uma visão monstruosa de seus inimigos e reforçar a estética nazista, construindo a imagem do Terceiro Reich como uma força inevitável e grandiosa.
2 – Crença na Cosmogonia Glacial
Inventada pelo cientista e filósofo austríaco Hanns Hörbiger, a teoria da Cosmogonia Glacial presumia que o gelo desempenhara um papel central na formação e evolução do universo. Assim, luas, planetas e até o próprio sistema solar teriam se formado a partir da interação entre massas de gelo cósmico e forças gravitacionais. Embora tenha ganhado popularidade em certos círculos na época, a teoria foi amplamente rejeitada pela comunidade científica. No entanto, segundo Kurlander, a cosmogonia glacial foi a única “ciência fronteiriça” acatada com convicção por Hitler.
3 – Arianos não eram descendentes de macacos
Muitos líderes nazistas e cientistas rejeitaram a ideia de que os humanos evoluíram dos macacos por ser “bastante insultante aos humanos”. Assim, em busca de "provas" para teorias raciais e para reforçar mitos de uma suposta origem ariana, eles apoiaram diversas expedições até a região do Tibete.
“Heinrich Himmler se convenceu de que uma ‘civilização avançada’ havia existido no passado ‘nas montanhas do Tibete’, possivelmente ‘produto de uma raça original e sofisticada que ali buscara refúgio após uma catástrofe global’”.
Eric Kurlander no livro Os monstros de Hitler
SERVIÇO:
Os monstros de Hitler, Eric Kurlander
Tradução: Gisele Eberspächer
Número de páginas: 552
Preço: R$ 159,90 | E-book: R$ 49,90
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