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sexta-feira, 11 de abril de 2025

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Mia Couto vence Prêmio PEN/Nabokov 2025

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O escritor moçambicano Mia Couto foi anunciado, nesta sexta-feira (11), como o vencedor do Prêmio PEN/Nabokov 2025, tornando-se o primeiro autor de língua portuguesa a receber o prestigioso galardão concedido pelo PEN America à literatura internacional. A distinção reconhece o conjunto da obra de autores vivos cuja produção literária — em ficção, não ficção, poesia ou drama — se destaca por sua originalidade e maestria, sendo escrita ou traduzida para o inglês.


Segundo comunicado do PEN America, Mia Couto foi escolhido “pelo corpo de trabalho que é testemunho da dramática história da sua pátria, bem como dos enigmas da identidade e da existência”. O júri destacou ainda que o autor “ocupa uma posição singular no panorama das literaturas africana e mundial”.


Entre os livros mais aclamados de Mia Couto estão Terra Sonâmbula (1992), eleito um dos doze melhores livros africanos do século XX, e a trilogia As Areias do Imperador (2015-2018), selecionada para o Prêmio Booker Internacional. O autor também é conhecido por obras como O Último Voo do Flamingo, Vozes Anoitecidas, A Confissão da Leoa e Jesusalém, este último incluído na lista dos 20 livros de ficção mais publicados na França, segundo a rádio France Culture e a revista Télérama.


O Prêmio PEN/Nabokov, no valor de 50 mil dólares, é concedido anualmente em parceria com a Fundação Literária Vladimir Nabokov. Criado em 2016, já distinguiu nomes como Maryse Condé, Ngũgĩ wa Thiong’o, Anne Carson, Edna O’Brien, entre outros. O prêmio celebra escritores cuja obra reflete o espírito versátil e o compromisso com a literatura que marcaram a escrita de Nabokov.


Mia Couto, nascido na cidade da Beira, em Moçambique, em 1955, é biólogo de formação, além de jornalista e professor. Ao longo da carreira, acumulou diversos prêmios de prestígio, como o Prêmio Camões (2013), o Prêmio Vergílio Ferreira (1999), o Prêmio Eduardo Lourenço (2011) e, mais recentemente, o Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas (2024).


Com livros traduzidos em mais de 30 línguas, Mia Couto reafirma, com esta nova distinção, seu lugar entre os grandes nomes da literatura contemporânea.

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