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terça-feira, 13 de julho de 2021

Bolsonaro sanciona lei para privatização da Eletrobras mas vetou alguns pontos



O Presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que regulamenta o processo de privatização da estatal Eletrobras, maior empresa de energia elétrica da América Latina, que foi publicada hoje no Diário Oficial da União, mas vetou alguns pontos.


Entre os vetos do executivo à proposta inicial estão o desconto para aquisição de 1% das ações da empresa por funcionários demitidos, a proibição de extinguir algumas subsidiárias e a obrigação do Governo de manter durante um ano os funcionários públicos demitidos.


Na promulgação, Bolsonaro deixou os reparos de que reservar 1% das ações com desconto para ex-funcionários "poderia causar uma distorção no processo de preço dos novos papéis", enquanto a obrigação de manter subsidiárias "limita a gestão das subsidiárias pela nova empresa e tira a sua flexibilidade".


Sobre o aproveitamento de funcionários demitidos por um ano, conforme propõe o texto aprovado pelo Congresso, o Presidente indicou que a medida “viola o princípio da concorrência pública”.


A Eletrobras poderá investir até 14 bilhões de reais por ano quando for privatizada, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a jornalistas estrangeiros na semana passada.


A capitalização será possível graças ao fato de o Congresso ter aprovado em junho passado o modelo de privatização da estatal, que será a maior da história do país por render ao Estado cerca de 100 bilhões de reais.


O modelo aprovado prevê a capitalização da empresa sem a participação do Estado e a consequente alienação das ações que permanecem nas mãos do setor público.


O Estado brasileiro detém atualmente 60% das ações da Eletrobras, a maior geradora e transmissora de energia elétrica do país, percentagem que será reduzida para cerca de 45% após a capitalização, pelo qual a empresa fará uma oferta pública de ações na Bolsa de Valores brasileira (BM&F BOVESPA) em que o Governo se absterá de participar.


Apesar da venda do controle, o processo garante ao Estado brasileiro uma ação especial da empresa chamada "golden share", que lhe dará poder de veto nas decisões estratégicas da Eletrobras.


Segundo projeções do Governo, a primeira etapa do processo de privatização, ou seja, a capitalização da empresa, poderá ser concluída em fevereiro de 2022.

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