Como havíamos dito na época da vitória do Lula para o seu terceiro mandato, aquele devia ser o último suspiro do demagogo do ABC. O lula representava, exatamente a união do Brasil profundo e camponês com o proletariado industrial. Quando chegou no poder para o seu primeiro mandato sequer existia o Facebook, desde então os partidos, e o seu partido é um capítulo à parte da história brasileira, já não tem mais importância para mobilização.
Justamente a única derrota do PT desde a primeira vitória do Lula em 2002 foi a eleição do Bolsonaro representando uma mobilização improvisada de WhatsApp. O Bolsonaro, então, fez um governo da neodireita tonta mundial que se diz conservadora mas que somente prospera com líderes extravagantes, de cabelo despenteado e maus hábitos de higiene, além de serem os conservadores que sequer tem modos civilizados. Uma gente que vai salvar a civilização ocidental mas que não tem nem mesmo a capacidade de seguir liturgia de cargos públicos.
Entretanto, o lulismo no governo, o Lula 3.0, é somente mais do mesmo e demonstra ser um modelo absolutamente esgotado. Um populismo assistencialista consistente em esmolas do Estado mas que não produz nenhuma transformação substancial do país, exatamente pela razão de todas as teses da esquerda brasileira ou serem teses superadas ou serem extravagâncias intelectuais sem conexão com a realidade.
Desse modo, o Brasil encontra-se na encruzilhada da polarização inútil, entre os brucutus da direita bolsonarista fanática e o populismo cheque sem fundo do Lula. Com o fracasso total do sistema educacional e com a eterna fragilidade da sociedade civil que praticamente só se organiza pra desfilar no Carnaval o que se projeta para o Brasil é o mergulho no fanatismo evangélico.
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