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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Brasil avança na luta contra a insuficiência cardíaca com o primeiro implante de cardiomodulador

Dispositivo inovador melhora a qualidade de vida de pacientes e coloca o país na vanguarda da cardiologia

Foto: gpointstudio/Freepik

 

São Paulo, 6 de novembro de 2024 – O Brasil alcançou um marco importante na cardiologia com a realização do primeiro implante de cardiomodulador em pacientes no Hospital Vaz Monteiro, na cidade de Lavras, Minas Gerais e no Hospital Samaritano Paulista, em São Paulo. O procedimento com tecnologia inovadora, realizado pelo Dr. Ricardo Ferreira, especialista em Estimulação Cardíaca Artificial e Arritmia Clínica e Invasiva, trouxe uma nova opção para o tratamento de insuficiência cardíaca (IC), uma das principais causas de morte no país. O dispositivo, que melhora a capacidade de contração do coração sem alterar o ritmo cardíaco, foi implantado com sucesso em setembro de 2023 junho de 2024, marcando o início de uma nova era no cuidado com pacientes que enfrentam essa condição.
 

O cardiomodulador já se consolidou em países da Europa e nos Estados Unidos como uma alternativa eficiente para pacientes que não respondem de forma adequada aos tratamentos convencionais. Diferente de outros dispositivos, como desfibriladores e resincronizadores, que atuam na parte elétrica do coração, o cardiomodulador foca na melhora da qualidade das contrações cardíacas, sem interferir diretamente no ritmo.
 

A insuficiência cardíaca afeta milhões de pessoas e continua a crescer. No Brasil, estima-se que aproximadamente 6,4 milhões de pessoas sofram dessa condição, com 240.000 novos casos anuais​, segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). De acordo com o Dr. Ricardo Ferreira, a incidência da doença cresce a cada ano, e fatores como hipertensão, diabetes, sedentarismo e hábitos não saudáveis, como o tabagismo, são alguns dos principais agravantes da condição, que afeta tanto homens quanto mulheres na pós-menopausa.
 

A doença é também uma das principais causas de hospitalizações recorrentes no país, o que afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes. "Diante desse cenário, tratamentos inovadores têm se mostrado essenciais para o controle e a mitigação dos efeitos da doença.
 

Segundo o Dr. Ricardo, essa tecnologia atua diretamente nos canais de sódio, potássio e cálcio do coração, fundamentais para a qualidade das contrações cardíacas. “Trata-se de uma nova abordagem terapêutica que melhora significativamente a contração do coração sem alterar a frequência cardíaca", explica. Esse avanço possibilita que pacientes tenham uma melhor circulação sanguínea, reduzindo internações e prolongando períodos de estabilidade clínica. "Para alguns pacientes, é um tratamento que não só melhora a qualidade de vida, mas diminui o número de hospitalizações", acrescenta.
 

Essa nova modalidade de tratamento, conduzida por médicos como o Dr. Ricardo Ferreira, coloca o Brasil no mapa das inovações tecnológicas em cardiologia e fornece qualidade de vida para milhões de pessoas que convivem com a insuficiência cardíaca.
 

Dr. Ricardo Ferreira Silva

Dr. Ricardo Ferreira Silva é graduado em medicina pela Universidade de Uberaba (MG), fez residência em Cardiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, em 2011, e se especializou em Estimulação Cardíaca Artificial e Arritmia Clínica no Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese de São Paulo, em 2014 - título reconhecido pelo Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial. Além de ter especialização em eletrofisiologia clínica e invasiva no Hospital do Coração de São Paulo e concluído seu Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), em 2018.
 

Já em 2017, Dr. Ricardo fundou o Centro Cardiológico em sua cidade natal, Uberaba, para levar o que havia de mais moderno em tratamento de arritmia cardíaca para o interior do estado. Em pouco tempo, com a evolução do serviço e a necessidade de facilitar o acesso aos pacientes de outras localidades do país, expandiu para São Paulo. Hoje, está presente também dentro de hospitais como Beneficência Portuguesa, Samaritano e São Camilo – em São Paulo.

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