Especialista explica os requisitos e a importância do BPC para garantir dignidade e qualidade de vida às crianças e suas famílias
O Brasil possui cerca de 760 mil crianças de dois a nove anos com deficiência, representando 4,1% da população total de deficientes no país, estimada em 18,6 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) Contínua de 2022, divulgada pelo IBGE. Esses números evidenciam a necessidade de políticas públicas, como o Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC), para apoiar as famílias dessas crianças.
De acordo com o Dr. Márcio Coelho, advogado previdenciário e trabalhista, para que uma criança tenha direito ao BPC, é necessário comprovar a falta de recursos financeiros da família. “A criança com deficiência pode ter direito ao benefício se a família não tiver renda suficiente para sobreviver. Este benefício visa garantir a dignidade e o bem-estar da criança e sua família, oferecendo um suporte essencial", explica o especialista. A comprovação da deficiência ou doença grave da criança também é fundamental para que o benefício seja concedido, como no caso de Síndrome de Down, autismo em grau elevado ou paralisia cerebral.
Além disso, a renda familiar não pode ultrapassar 1/4 do salário-mínimo por pessoa, e fatores como as condições de moradia e gastos com tratamentos médicos também são analisados. “A renda familiar deve ser compatível com o que é estipulado pela legislação. Não basta apenas a deficiência, é preciso que as condições financeiras da família também se adequem para que o benefício seja concedido”, destaca o Dr. Márcio.
Dr. Márcio Coelho atua nas áreas trabalhista e previdenciária há mais de 40 anos. Durante sua carreira, foi Presidente da Comissão de Acidentes do Trabalho da OAB-SP e é Conselheiro do Instituto Arnaldo Faria de Sá.
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