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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Ajude a manter o rastreio mamográfico para mulheres a partir dos 40 anos

A Consulta Pública, n° 144, é a oportunidade para que a população interfira em uma alteração nas recomendações da ANS que tem como objetivo restringir o rastreio mamográfico, via operadoras de saúde no Brasil, a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos. Manifeste-se para garantir esse direito a mais mulheres

 

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Está aberta até o dia 23 de janeiro a Consulta Pública n° 144 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para estabelecer como diretriz a realização de mamografia de rastreio bienal em mulheres com idade de 50 a 69 anos, para que as Operadoras de Planos de Saúde Privados recebam a certificação do Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde – OncoRede.
 

O CBR – Colégio Brasileiro de Radiologia, a SBM – Sociedade Brasileira de Mastologia, a FEBRASGO – Federação Brasileira de Associações de Ginecologistas e Obstetras e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica defendem fortemente o rastreamento mamográfico anual para todas as mulheres a partir dos 40 anos, inclusive no SUS, conforme garantido pela Lei n° 14.335 de 2022.
 

Atualmente, a maior parte das operadoras segue a recomendação destas entidades. Nesse sentido, a FEMAMA se posiciona institucionalmente CONTRA a recomendação de rastreamento bienal entre 50 e 69 anos e considera a proposta um retrocesso. O único benefício da alteração é a redução de custos com exames para as operadoras. Vale ressaltar, ainda, que os custos com diagnósticos avançados a longo prazo não estão sendo considerados.
 

Importante ressaltar que 40% dos diagnósticos de câncer de mama, em mulheres brasileiras, são realizados abaixo dos 50 anos e que 22% das mortes acontecem neste grupo. Portanto, de acordo com a incidência, o mais recomendado é que as operadoras de saúde continuem seguindo a recomendação das entidades médicas sobre o rastreio mamográfico anual a partir dos 40 anos. O diagnóstico precoce e o acesso rápido ao tratamento interferem positivamente nas chances de cura.
 

Você pode fazer a diferença nesse processo! A resposta à consulta pública é aberta para entidades de classe, médicos, pessoas físicas e outras entidades. Participe e ajude a ampliar o diagnóstico precoce no Brasil:

  1. Acesse o link da Consulta Pública Nº 144: Link
  2. Nele, você terá acesso a documentos relevantes, como a minuta de norma e a nota técnica.
  3. Logo abaixo, você encontrará o espaço para contribuir.
  4. Ao entrar, preencha: nome, CPF ou CNPJ da sua instituição, e-mail e demais dados. Em seguida, selecione o tipo de contribuição que você vai fazer: pessoa interessada, paciente, profissional da saúde, familiar ou outros.
  5. Na sequência, aparecerá o espaço para votar e contribuir.
  6. No item de contribuição, selecione “ANEXO III: CAPÍTULO II”.
  7. Agora é a hora de expressar sua opinião!
  8. Posicione-se CONCORDANDO ou DISCORDANDO.
  9. Na sequência, justifique sua escolha. Escreva os motivos que melhor ilustram a sua contribuição na Consulta Pública.

A FEMAMA DISCORDA da atualização que recomenda o rastreamento bienal entre 50 e 69 anos e considera a proposta um retrocesso.
 

Sobre a FEMAMA


A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama é uma organização sem fins econômicos que trabalha para reduzir os índices de mortalidade por câncer de mama em todo o Brasil, representando a voz das pacientes oncológicas na busca por mais acesso ao diagnóstico precoce e tratamentos ágeis e adequados. Presente em 20 estados brasileiros e DF através de mais de 70 OSCs de apoio a pacientes associadas, a FEMAMA é a maior federação representativa em atuação no Brasil e América Latina. Conheça o trabalho da FEMAMA aqui.

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