Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
Florestas desmatadas que voltaram a crescer têm sua recuperação prejudicada ao serem atingidas pelo fogo. Artigo publicado na revista científica Zoological Society of London, por pesquisadores do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e parceiros, alerta que o fogo pode comprometer serviços ambientais prestados por florestas secundárias na Amazônia. É um dos primeiros estudos a investigar o impacto do fogo na copa dessas florestas em regeneração.
Diferente das florestas primárias, as florestas secundárias são aquelas em recuperação depois de um fator externo como fogo ou desmate. Como citado no artigo, esse tipo de floresta retira da atmosfera até 1,6 bilhões de toneladas de carbono ao ano.
Para determinar o quanto as florestas haviam sido atingidas pelo fogo, os pesquisadores usaram dados coletados pelo sensor remoto LiDAR (Light Detection and Ranging). Instalado em um avião, o sensor lançou feixes de laser em áreas de floresta secundária queimadas e não queimadas.
O uso desse sensor permitiu obter dados tridimensionais, viabilizando a medição da altura das árvores, volume de folhas e outros dados da copa das florestas. Conforme Silva Junior, a análise desses dados em diferentes estágios de recuperação em florestas secundárias é o que diferencia a pesquisa e permite analisar a capacidade futura de regeneração da vegetação.
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